
Autor: Fábio Anhaia
É um belo fim de tarde e os dois estão sentados no meio fio como sempre fazem, eles brincam como duas crianças normais daquela brincadeira de escolher o carro, os vermelhos são os dela e os azuis os dele.
Brincadeira vai, brincadeira vem e Raí sempre fica com os melhores carros.
— Isso não é justo! — Disse Clara irritada.
— Como não? É sorte! Não tenho culpa! — Respondeu Raí.
— Mas os meus sempre são feios! — Disse Clara decepcionada.
— Bom, o problema é seu! — Respondeu Raí.
O próximo carro a passar é vermelho e é um carrão.
— Nãooo! Esse não vale! — Declarou Raí.
— E por que não? Vale sim! — Revidou Clara.
Mais um carro vermelho passa e era outro carrão, parece que a sorte havia mudado de lado. Carros vem, carros vão e o jogo está equilibrado, as duas crianças estão felizes, riem dos carros velhos, orgulham-se dos carros novos. Já é quase noite quando a primeira estrela surge no céu.
— Olha lá! A primeira estrela a nascer! — Gritou Clara toda contente.
— É mesmo, ela é tão brilhante! — Disse Raí.
Os dois pequenos ficam observando a estrela sentados no meio fio, ela é linda, tão azul e redonda como se fosse feita com um compasso daqueles que usamos nas aulas de Geometria.
De repente algo os surpreende.
— Ela está aumentando de tamanho ou é impressão minha? — Perguntou Raí.
— Eu não sei direito, mas parece estar! — Respondeu Clara.
E aos poucos a estrela foi ficando cada vez maior, as crianças começam a ficar angustiadas, a estrela parece estar se aproximando deles cada vez mais, até que então uma forte luz os impede de enxergar, Raí e Clara ficam assustados era como se tivessem ligado uma lanterna em seus rostos, a luz é tão forte que as crianças deitam sobre a calçada. Alguns segundos depois a luz se afasta e retorna ao céu, Raí e Clara observam o O.V.N.I partir, eles não sabem o que foi que aconteceu, mas os dois tem certeza que não é coisa desse planeta.
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