Arco Íris Futebol Clube – Parte III (final)

Autor: Fábio Anhaia

No dia seguinte quando chegam para o jogo o time de Roberto fica chocado, seus uniformes haviam sido tingidos de rosa e nos nomes dos jogadores haviam ofensas como viadinho”, “sapatão”, “florzinha”, “mariquinha” além de diversas outras.

Mas isso não abalou o Arco Íris Futebol Clube, Matheus que era formado em um curso de costura, customizou os uniformes que ficaram incríveis, as ofensas foram tapadas com pedaços de tecidos que tinham neles palavras de amor e gratidão, os uniformes foram customizados como forma de resistência, não seriam ofensas que abalariam o time, eles tinham um objetivo e estavam ali para cumprir.

— O que eles fizeram com nossos uniformes foi uma forma de tentar nos intimidar! Mas isso não vai nos parar, temos um objetivo aqui e ele vai ser cumprido! Não é pelo motivo de vocês serem da comunidade LGBTQIA+ que vocês não podem jogar futebol, estamos na final, estamos aqui porque gostamos e sabemos jogar, esse preconceito de que futebol é “coisa de homem” já é ultrapassado, nós somos homens, somos mulheres, somos Drags, somos o que somos e amamos futebol, e estamos aqui para provar isso, para mostrar ao mundo que esporte não tem gênero, esporte tem alma, e alma de esportistas nós temos de sobra, vamos para aquele campo e sairemos daqui campeões! Juntos somos fortes! — Declarou Roberto ao seu time.

O jogo se inicia e o time de Pedro faz o primeiro gol, as coisas pareciam ser fáceis, e Pedro subestimou o time de Roberto, mas no decorrer da partida tudo pareceu mudar, o Arco Íris Futebol Clube faz o primeiro gol, alguns minutos depois faz o segundo e o terceiro, não foi muito tempo e fizeram o quarto e o quinto encerrando a partida com a maior goleada do campeonato.

O Arco Íris Futebol Clube foi o campeão do torneio surpreendendo a pequena cidade, nem todo mundo ficou contente com a vitória, mas diversas pessoas comemoraram com o time, desde aquele dia a cidade começou a olhar para as pessoas “diferentes” com outros olhos, ninguém mais selecionava os amigos pelo gênero, as pessoas começaram a ser mais empáticas e menos preconceituosas e tudo por conta de um menino que teve que mostrar a eles que o mundo pode ser mais colorido e que ninguém é melhor do que ninguém. Somos todos iguais, só que cada um da sua forma, até porque amor é só amor!

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