
Autor: Fábio Anhaia
Era quase meio dia quando o sinal tocou, os alunos saem da escola como se estivessem desesperados, e talvez eles realmente estejam.
Aquela correria toda, aquele desespero se estende na rua lateral da escola, será que algo aconteceu? Uma briga? Ah todos adoram uma boa briga de escola, só pode ser isso!
Seguindo a rua, alguns conversam, outros riem, os grupos vão unidos e apertando o passo em direção a avenida principal, praticamente toda a escola vai na mesma direção.
Não era diferente com Pedro, Natalia e Raul, assim que o sinal tocou os três juntam os cadernos e apressam-se, afinal, ninguém perderia aquele ato que estava para acontecer, todos aguardavam ansiosamente o fim da aula, não poderiam se atrasar.
Natalia, Raul e Pedro conversam sobre algum assunto qualquer quando uma enorme besta vem em sua direção, ouve-se algum tipo de grito expelido por Natalia, mas Raul e Pedro nem prestaram atenção já que fugiam daquele enorme besouro.
Mas nem aquele besouro enorme foi capaz de impedir que os três corressem, afinal o ato estava quase para acontecer, na esquina da rua lateral da escola com a avenida principal o sinal abre, os três observam a avenida e ah não! Lá vem ele! O ônibus, o mais precioso e desejado transporte da vida acadêmica, mas antes que os três pudessem se lamentar o sinal fecha e eles correm para parada de ônibus, eles conseguiram, mais uma vez a batalha foi vencida, eles chegam antes do ônibus parar.
Quando as portas do ônibus se abrem uma nova batalha, aquele turbilhão de jovens começa a integrar o interior do veículo, nem sei se podemos chamar aquilo de ônibus, é tanta gente que parece uma lata de sardinha em óleo, mas enfim, o importante é chegar em casa antes do meio dia.
Mas a batalha ainda não chegou ao fim, Raul desce na primeira parada e de fora do ônibus abana para os amigos, na segunda parada Natalia e Pedro descem, mas um fato não muito agradável acontece, a menina escorrega em um barranco e acaba com a bunda no chão, Pedro preocupa-se e grita “NATAAAAAAAALIIIA”, bem, ele não precisava, se o menino não tivesse gritado talvez ninguém teria visto, mas são coisas de amigos, ao perceber que ela estava bem, os dois riem, aliais não só os dois, mas o ônibus todo.
A vida de estudante tem dessas, eles riem, estudam, fazem amizades e é claro, correm atrás do ônibus, e algumas vezes alguns escorregam nos barrancos da vida, mas eu posso afirmar com toda a certeza que essa é a melhor fase da vida de uma pessoa.
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