
Autor: Fábio Anhaia
Na tribo Panimbi reúne todos os guerreiros que iniciam uma ronda, ninguém entra e nem sai da aldeia, enquanto isso Ynibi reúne as mulheres e avisa:
– Não deixem seus filhos sozinhos, é extremamente proibido que saiam da aldeia, precisamos racionar a comida e a água e qualquer movimento suspeito deve ser informado a mim, Panimbi ou meu Pai.

Mais tarde naquele dia Panimbi e Ynibi conversam na tenda da jovem:
– Está tudo bem Panimbi? – Perguntou Ynibi.
– Sim, estava pensando sobre a besta que está a solta. – Respondeu Panimbi.
– E se nós esquecêssemos um pouco disso, estamos seguros, nossos melhores guerreiros estão fazendo ronda. – Disse Ynibi.

Ynibi o beija, a jovem sobe sobre as pernas de Panimbi e os dois começam a se amar. Após algum tempo Ynibi se deita sobre o braço do amado e diz:
– Panimbi, eu te amo!
Panimbi olha para Ynibi com ternura e responde:
– Eu te amo Ynibi! Vou sempre te amar!
Panimbi vira o rosto para o lado meio pensativo, Ynibi percebe e questiona:
– Você ainda está inquieto!?
– Ynibi eu preciso te contar uma coisa, eu menti para vocês! – Revela Panimbi.
Ynibi se levanta chocada com a revelação de Panimbi e questiona:
– Do que você está falando? Mentiu sobre o que Panimbi?
Panimbi envergonhado responde:
– Meu pai! Meu pai verdadeiro não era guerreiro de City, meu pai era City, e eu não vim atrás de vocês apenas procurar ajuda, Ynibi eu vim em busca do meu irmão!
Ynibi confusa questiona:
– Seu irmão? Como assim Panimbi? Quem é seu irmão?
Panimbi responde:
– Iboni! Iboni é meu irmão!
Ynibi ficou confusa e surpresa com a revelação e então Panimbi começou a explicar:
– Meu pai City teve um filho fora do casamento com a mãe de Iboni, quando minha mãe a descobriu matou a mãe de Iboni, Taki o pai adotivo de Iboni o assumiu e após um acordo com meu pai City, Taki foi embora da tribo e acabou aqui com vocês. Na noite do ataque a nossa aldeia, meu pai me contou toda a verdade e me mandou ao vilarejo da Rainha, ele me contou sobre o casal que ajudava indígenas a fugir eu os encontrei e vim parar aqui.
– Meu Deus que coisa terrível Panimbi. – Disse Ynibi.
– Ynibi, acredito que quem revelou a localização da nossa tribo a Rainha foi Taki, pai adotivo de Iboni. – Disse Panimbi.
– Mas e você e Iboni, chegaram a conversar? – Questionou Ynibi.
– Na noite em que ia contar tudo a ele, o vi indo em direção a floresta, tentei conversar, mas ele disse que tinha que ir, que ia resolver tudo. – Respondeu Panimbi.
Algumas noites atrás….
Iboni entra na mata e começa a caminhar, no meio de seu trajeto ouve alguém o chamar:
– Iboni! Onde está indo? – Questionou Panimbi.
– Preciso resolver isso! – Respondeu Iboni.
– Você não pode resolver tudo sozinho, você ouviu o Corvo Azul, vamos conseguir nossa vingança, mas precisamos confiar nele! – Disse Panimbi.
– Você não sabe de nada! – Respondeu Iboni entrando na mata. (CAP. 4 A Tenda na Floresta).
De volta a conversa de Panimbi e Ynibi…
Ynibi olha para o chão e diz:
– Panimbi, todos temos segredos, eu mesma tenho os meus.
Panimbi olha para ela com um olhar confuso:
– Você quer falar? Eu te amo e estou aqui para te apoiar!
Ynibi começa a falar:
– Eu não sou filha de Kinobi, eu se quer sou indígena.
Panimbi se espanta e questiona Ynibi:
– Como assim? Do que você está falando?
Ynibi começa a explicar:
– Panimbi, eu sou uma feiticeira, fui encontrada por Kinobi e Vanity, eles me salvaram ainda bebê, eu seria sacrificada por minha mãe Tchaki, eles a impediram.
Panimbi olha para Ynibi com ternura, os dois se beijam e Panimbi declara:
– Eu amo você! E o fato de você ser uma feiticeira não muda nada, vou sempre te amar, aconteça o que acontecer!

Os dois saem da tenda e vão para o jantar, após o jantar todos vão dormir, no meio da noite Ynibi levanta e entra na floresta, ela caminha um tempo e encontra um homem indígena nu caído no chão, ela se aproxima e percebe que esse homem era Iboni.
Continua…
Deixe um comentário