
Fonte: bloguito.com.br e segredosdomundo.r7.com

Os primeiros documentos registrados com texto foram feitos pelos sumérios, por volta de 3.200 a.C.. Esses textos tratavam de leis, assuntos administrativos e religiosos, bem como de lendas e poemas locais, em um dos idiomas mais antigos do mundo.
Por outro lado, esses livros ainda não tinham o formato que conhecemos hoje. Isso porque os primeiros documentos da Mesopotâmia estavam escritos em tabletes de argila.
Alguns autores questionam que o primeiro livro do mundo tenha surgido na Mesopotâmia. Segundo o professor do Departamento de Estudos Culturais e Mídia da Universidade Federal Fluminense e pesquisador em Produção Editorial, Aníbal Bragança, a portabilidade é uma das principais funções de um livro.
Sendo assim, seria impossível considerar um documento gravado em rochas como livro.
A partir do Antigo Egito, os livros começaram a ganhar o formato que conhecemos apesar da descoberta e produção do papiro. Além do material, o couro animal também era popular para a produção de documentos em pergaminhos.
Os pergaminhos eram feitos em rolos com folhas coladas lado a lado. Logo após a finalização, as folhas eram presas a dois bastões em suas extremidades, ou seja, o leitor desenrolava de um lado e enrolava do outro enquanto lia as páginas. Dessa maneira, alguns teóricos defendem que o primeiro livro do mundo foi publicado em pergaminhos.
Primeiro livro do mundo oriental

Na China, o I Ching é considerado o primeiro livro do mundo. Suas origens lendárias datam de mais de 6 mil anos atrás, com dizeres das principais correntes da filosofia chinesa: Confucionismo e Taoísmo.
Apesar da origem do livro ser desconhecida, ele exerceu muita influência nas bases da formação da sociedade chinesa. Por séculos, o conteúdo do documento foi considerado fonte de sabedoria e até mesmo de conselhos de oráculos que tentam prever o futuro.
O I Ching é composto de grupos de caracteres feitos com três linhas, contínuas ou quebradas. A partir dessa diferença, então, é possível criar oito combinações de caracteres que representam os principais elementos do I Ching.
Além disso, cada dois caracteres forma um hexagrama que simboliza arquétipos de personalidade. É justamente a explicação desses arquétipos que estão espalhadas nas centenas de páginas do livro.
O Primeiro Livro Impresso.

Já o primeiro livro impresso só foi possível graças a Gutenberg, um inventor alemão do século XV. Ele inventou a prensa de tipos móveis, em 1439, que revolucionou a produção de livros da época. Graças a essa invenção, os livros, que antes eram reproduzidos a mão, passaram a ser impressos e produzidos de forma mais rápida e barata.
Essa invenção foi de extrema importância na época do Renascimento, pois favoreceu a circulação de ideias e conhecimentos de forma mais rápida. O invento também favoreceu o processo das Reformas Religiosas. Gutenberg imprimiu a Bíblia em 1455, tornando esse livro o primeiro a ser impresso em todo o mundo.
E no Brasil?

Bem, aqui a imprensa chegou 355 anos depois de Gutenberg ter impresso o primeiro livro. O nosso primeiro livro impresso foi Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga, em 1810. Mas temos uma curiosidade: no início do século XIX, as máquinas de impressão eram mantidas pelo governo português, que só publicava o jornal oficial falando coisas boas sobre o governo. Por isso, a maioria dos escritores brasileiros preferia imprimir suas obras em Lisboa ou Paris, como foi o caso de Machado de Assis.
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