O Preço de um Segredo: Capítulo 8 – A Ameaça.

Capítulo 8 – A Ameaça.

Ainda naquela tarde a polícia é chamada no condomínio de Jade, o corpo da senhora foi encontrado já sem vida por um vizinho na escadaria de incêndio. A polícia faz as investigações e a perícia, por uma fresta da porta Ângela, uma mulher de meia idade observa tudo.

Na loja de suplementos o dia está a todo vapor, Pedro separa remessas e mais remessas para envio no delivery, a loja nunca esteve em tão bom momento.

— Saindo mais uma remessa de Whey com o melhor delivery do Rio de Janeiro! — Disse Pedro entregando mais uma sacola para o motoboy.

— Caraca quanta entrega hoje irmão! — Disse Erick.

— A gente está voando meu irmão! — Respondeu Pedro.

No dia seguinte Felipe acorda com a notícia da morte de Jade em todos os noticiários. Do outro lado da cidade Pedro e Elisa assistem a mesma reportagem e ficam em choque.

— Meu Deus Pedro, ela esteve aqui ontem! Que coisa horrível! — Declarou Elisa.

— É, será que ela se matou? — Questionou Pedro.

— Eu não sei, ela estava estranha, falou alguma coisa sobre segredo e que tinha que deixar o coração leve. — Respondeu Elisa.

Os dois ficam pensativos enquanto assistem a reportagem. Após o café Pedro segue para a loja de suplementos, na loja Erick chega para o trabalho, mas Pedro percebe que o amigo não está muito bem.

— Mas o que será que aconteceu? — Perguntou Andressa a Pedro.

— Não sei, mas foi algo sério, Erick está triste e isso não é normal, poucas coisas o deixam triste. — Respondeu Pedro fazendo uma análise da situação.

Pedro sobe até o escritório de Erick e os dois tem uma conversa reveladora, Erick estava com uns problemas que envolviam o irmão. Afonso irmão de Erick não era uma pessoa muito fácil de lidar, era envolvido com jogos e sempre contraia dívidas que por fim eram pagas por Erick, mas dessa vez o problema era bem mais grave.

Após a conversa Pedro retorna a suas atividades na loja, hoje será um grande dia, o rapaz grava vídeos para as redes sociais, isso ajuda muito a alavancar as vendas, atende os clientes que vão até a loja e ainda cuida do administrativo, Pedro é fenomenal no que faz.

No escritório de Felipe, a secretária o avisa que tem mais uma visita a sua espera, uma moça chamada Ângela.

— Mas o que isso? Virou centro espírita isso aqui, todo mundo resolveu me visitar? — Disse Felipe a secretária.

— Não atenderei ninguém! E saia daqui! — Completou o rapaz.

Ângela não insiste e vai embora, a manhã termina e Felipe sai para almoçar, no restaurante uma moça se aproxima de sua mesa.

— Boa tarde senhor Felipe! — Disse a mulher.

— Boa tarde! — Respondeu Felipe.

— Estive mais cedo em seu escritório, mas o senhor não pode me atender, posso me sentar? O assunto é de seu interesse! — Revelou a mulher.

Felipe observa a mulher e permite que ela se sente com ele, o rapaz sabia que provavelmente era alguma bobagem, mas ficou curioso.

— Anda, diga o que quer! — Disse Felipe.

— Eu quero dinheiro! Muito dinheiro! E o senhor vai me dar! — Afirmou a mulher.

— O que? Você está maluca? — Perguntou Felipe.

— Não, não estou maluca. Senhor Felipe eu vi o que o senhor fez, e se você não comprar o meu silêncio vou na polícia agora mesmo! — Ameaçou Ângela.

— Eu não sei do que você está falando! — Revidou Felipe.

— A o senhor sabe, afinal não é todo dia que uma vizinha minha é arremessada do terceiro andar, eu estava subindo as escadas quando vi o senhor atirá-la de lá! — Revelou Ângela.

— Você não tem provas! — Disse Felipe.

— Tenho, eu gravei o senhor saindo da casa dela! — Respondeu Ângela.

Felipe analisa a situação, aquela chantagem arruinaria seus planos futuros, ele não poderia ser preso, o rapaz então toma uma decisão.

— Ótimo, e quanto você quer para esquecer tudo isso? — Perguntou Felipe.

— Cinco milhões de reais! — Respondeu Ângela.

— Você está maluca? Isso é muito dinheiro! — Recusou Felipe.

— É isso ou nada! — Declarou a mulher.

— Tudo bem, olha…. Tudo bem, passe amanhã em meu escritório e leve uma mala, vou te entregar esse dinheiro todo. — Concordou Felipe.

Na loja de suplementos Pedro encerra mais um dia de trabalho, ele fecha o caixa e organiza tudo para o dia seguinte.

— Fim de dia “Pedrão!” — Disse Erick.

— É, mais um fim de um grande dia Erick. — Respondeu Pedro.

— E como anda a loja? Tenho andado meio distante essa semana… — Questiona Erick.

— É, percebi, mas não se preocupe, dou conta de tudo, quer conversar agora? — Pergunta Pedro.

— Não, vou para casa, amanhã conversamos mais! — Responde Erick despedindo-se de Pedro.

Em casa, Felipe começa a pensar em uma forma de se livrar das ameaças de Ângela, o valor que ela pediu é muito alto e ele jamais entregará essa quantia.

Na manhã seguinte Felipe vai cedo para o escritório, depois de passar a noite toda pensando, ele finalmente bolou um plano. Assim que chegou ligou para Nicolau, o ex-motorista de seu pai, o motorista hoje com cinquenta e cinco anos recusa o serviço.

— Não faço mais esse tipo de serviço senhor Felipe. — Recusou Nicolau.

— E nem por uma quantia extremamente alta? Anda vamos Nicolau, você é um ex-motorista aposentado, deve estar precisando de dinheiro. — Insistiu o rapaz.

— Me desculpe, mas recuso o serviço! — Declarou Nicolau desligando o celular.

Felipe entra em fúria com a resposta do ex-motorista.

— Isso não vai ficar assim! — Declarou o rapaz.

Felipe vai até a garagem, ele precisa ir para casa pois não consegue se concentrar no escritório, as ameaças de Ângela percorrem sua mente e o atormentam, ao entrar no carro ele percebe que Ângela acaba de chegar com a mala, a mulher desembarca do carro e vai em direção ao elevador, Felipe não pensa duas vezes, ele liga o carro e acelera o máximo possível, o rapaz atropela Ângela e foge para casa. Ângela não resiste ao impacto e morre no local.

Ao chegar em casa Felipe exige que seu segurança consuma com o carro, o segurança leva o veículo para uma estrada do interior e o incendeia. Em casa Felipe pensa no que fez e os motivos que o levaram ao crime, o rapaz encontra um culpado.

— Nicolau! Se você tivesse aceitado o serviço não precisaria ter sujado minhas mãos… você é o culpado! — Declarou Felipe.

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