
Capítulo 10 – As Investigações.

Elisa liga para Pedro e dá a notícia da morte de Nicolau, o menino corre para casa, os dois não conseguem entender quem seria capaz de fazer uma coisa daquelas, Nicolau era uma pessoa tão boa. A polícia chega e faz a perícia.
Na delegacia os investigadores se juntam em uma sala, mais uma morte misteriosa, as provas foram postas sobre a mesa e uma discussão se inicia.
— Alguém tem um palpite? — Questionou um dos investigadores.
— As mortes aconteceram de formas diferentes, mas meus instintos dizem que foi o mesmo assassino. — Respondeu Paula, uma investigadora.
— Nós não podemos depender só do seu instinto investigadora, precisamos de provas! — Revidou Julio, outro investigador.
— Bem, o atropelamento no prédio comercial, as imagens das câmeras de segurança foram divulgadas, não aparece a pessoa pois os vidros do carro eram escuros, mas temos a placa. — Disse Paula.
— Já enviei para o estagiário consultar o proprietário. — Concluiu a investigadora.
— Quanto ao primeiro assassinato da senhora na escadaria? — Questionou Ruy o chefe de investigação.
— O laudo do IML diz que ela levou uma pancada na cabeça e foi algo de vidro. — Revelou Paula.
— Não tem nenhuma testemunha? — Questionou Ruy.
— Não, mas tem imagens da câmera de segurança, o resultado está nesse envelope. — Declara Julio.
Ruy abre o envelope e encontra várias fotos do carro ao qual Jade chegou no dia de seu assassinato, o carro é o mesmo modelo e têm a mesma placa do carro que atropelou Ângela um dia depois.
— E quanto ao homem morto com um tiro? — Questionou Ruy.
— Um vizinho estava saindo para o trabalho naquela manhã e disse que Nicolau estava entrando em casa com um rapaz, porém o carro descrito não é o mesmo modelo dos outros dois assassinatos. — Revela Paula.
— Parece que seus instintos estavam certos investigadora Paula! Tirando o último assassinato, os outros dois, o assassino só pode ser o mesmo! — Declarou Ruy.
Mais tarde naquele dia Pedro e Elisa conversam sobre Nicolau, o rapaz quer entender quem pode ter feito aquilo com o ex-motorista, para evitar que Pedro descubra a verdade sobre seu passado Elisa resolve contar a história de Nicolau a Pedro, bem, pelo menos parte da história.
— Pedro, tio Nicolau não era como você pensava, quer dizer, pelo menos não a vida toda. Nicolau tinha um passado muito sombrio, ele trabalhou de motorista para o senhor Álvaro, o pai de Felipe, e além de motorista ele fazia alguns “ trabalhos sujos ” por fora, seu tio matou muita gente a mando do patrão. Acredito que alguém descobriu e se vingou… — Revelou Elisa.
— Meu Deus Vó, por que a senhora nunca me contou isso? Ele era um assassino de aluguel? — Questionou Pedro.
— Era, mas no passado, depois de um tempo ele parou, você gostava tanto dele, não tive coragem. — Declarou Elisa.
— Coitado, mas quando se leva esse tipo de vida, não importa quando, mas a conta vem! — Concluiu Pedro.
De volta a delegacia, a testemunha do assassinato de Nicolau termina o depoimento, imediatamente eles entregam aos investigadores que já tem uma suspeita.
— A testemunha descreveu o suspeito como um homem moreno, magro e bem-vestido, após pressão dos policiais ele revelou que a pessoa que esteve com Nicolau essa manhã com toda a certeza era o Senhor Felipe Montecruz! O dono da rede de supermercados Vitá! — Declarou Julio.
— Vamos pegá-lo agora! — Disse Ruy.
— Ele precisa prestar depoimento! — Completou Ruy.
A polícia vai até o escritório de Felipe e o encontram trabalhando, eles o informam que ele terá de prestar depoimento, Felipe se nega a ir a delegacia.
— Isso é um absurdo, eu nem sei quem é esse Nicolau! — Defendeu-se Felipe.
— Ah o senhor não sabe, não sabe que ele foi motorista de seu pai também? — Questionou Julio.
— Isso faz tanto tempo! Só vou prestar depoimento, após a presença de meus advogados! — Declarou Felipe.
Os investigadores deixam o escritório e Felipe se compromete a ir até a delegacia mais tarde. O rapaz liga para seus advogados que vão imediatamente a seu encontro.
— Mas eles têm motivo para te acusar? — Questiona André, um dos advogados de Felipe.
— Tem! Olha André, Tiago, sou bilionário e vocês sabem bem disso, vou abrir o jogo com vocês. Eu cometi todos esses crimes! — Assumiu Felipe.
— Mas não vou ser preso! Vou pagar quanto vocês quiserem para me livrar dessa, é só dizer o valor! — Disse Felipe.
Os advogados se olham e respondem simultaneamente.
— Vamos dar um jeito nisso!
Mais tarde os advogados se reúnem com Felipe novamente e explicam tudo o que ele precisa fazer na delegacia, os advogados aconselharam o cliente a mentir que ele não têm nenhuma ligação com os assassinatos, aconselharam ele a ir para casa e pagar um “ extra ” a seus funcionários para que os mesmos comprovassem que ele esteve em casa em determinados horários. Foi o que Felipe fez, ele prestou depoimento e negou sua participação nos crimes, mais tarde ele foi até sua casa e pagou seus funcionários para que afirmassem que ele esteve em casa na hora dos assassinatos.
— Ele está mentindo, eu vejo nos olhos dele! — Declarou Paula.
— Vamos ter que colher os depoimentos dos funcionários dele, se eles afirmarem que ele esteve em casa, infelizmente as suspeitas saem de cima dele! — Disse Julio.
— Sinceramente acredito que ele seja culpado, mas também é tudo muito vago, qual o motivo que ele, um homem poderoso teria para matar essas pessoas, três pessoas que não tem nenhuma ligação, nada! — Concluiu Ruy.
— Precisamos investigar mais! — Concluiu Paula.
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