Lendas Urbanas: A Loira do Banheiro

Fonte: Wikipédia

A Loira do Banheiro seria uma lenda brasileira que teria sido originada em Guaratinguetá, SP, a partir da história real de Maria Augusta de Oliveira Borges. Após um casamento arranjado pela família, aos 14 anos, com o conselheiro Dutra Rodrigues, um homem muito mais velho, tornou-se infeliz e acabou por separar-se apenas 4 anos depois. Vendeu suas joias e fugiu para Paris, onde acabou por falecer em 1891, aos 26 anos. Seu atestado de óbito desapareceu, tendo a causa mortis se tornado um mistério. Acredita-se que teria morrido de raiva, doença que na época era comum na Europa e que causa desidratação nas vítimas. O corpo da jovem, após voltar ao Brasil, foi mantido em uma urna de vidro no casarão da família para visitação pública, enquanto o túmulo era preparado. Amélia Augusta Cazal, mãe de Maria, arrependida, não queria enterrar sua filha, mesmo com a sepultura pronta, até começar a ter diversas visões da filha pedindo o enterro. Devido a isso, sua mãe finalmente decidiu pelo sepultamento.

Em 1902, dez anos após seu enterro, a casa onde viveu deu lugar à Escola Estadual Conselheiro Rodrigues Alves. A partir de algum tempo, surgiram boatos de que o espírito de Maria Augusta vagava pela escola, especialmente pelos banheiros, abrindo torneiras para saciar sua sede, e pedindo enterro. A história ganhou força quando um incêndio misterioso atingiu parte do prédio em 1916.

Após este fato, a história da Loira do Banheiro espalhou-se e passou a fazer parte do imaginário adolescente em muitos colégios brasileiros, numa espécie de fusão com a lenda norte-americana: muitas das características da Blood Mary passaram a ser associadas à Loira do Banheiro. O suposto espírito passou a ser descrito como o fantasma de uma jovem loira de vestes brancas, com pedaços de algodão na boca, ouvidos e nariz. Este espírito surgiria depois de um ritual de invocação, que varia de acordo com o colégio. As possíveis etapas incluem chamá-lo três vezes em frente ao espelho, bater a porta do banheiro, falar palavrões, chutar o vaso sanitário e puxar a descarga, por vezes com a combinação de dois ou mais desses rituais, ou até mesmo todos eles.

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

Crie um site ou blog no WordPress.com

Acima ↑

%d blogueiros gostam disto: