Agora Sim… Felizes Para Sempre: Capítulo 5 – O Super-Pedro.

No dia seguinte Pedro levanta cedo e encontra Vanusa na porta da casa saindo para o trabalho, Vanusa se assusta ao ver o rapaz, desde que contou sobre Vitória a Pedro, a empregada anda nervosa e com medo de que isso chegue aos ouvidos de Felipe.

— Oi Vanusa! — Cumprimenta Pedro.

— Pedro, bom dia! — Responde a empregada.

— Quer uma carona? — Ofereceu o rapaz.

— Não Pedro, é melhor o seu Felipe não nos ver juntos, tenho medo! — Revelou a empregada.

— Tudo bem, mas quero que você saiba que vou sim dar um jeito de tirar Vitória do cativeiro, e acho que você deveria me ajudar! Vanusa o que o Felipe está fazendo é desumano! — Pontuou Pedro tentando convencer a empregada.

— E o que eu poderia fazer? — Cogitou Vanusa.

— Pode começar contando a Vitória que pretendo tira-la de lá! Quem sabe ela tenha uma ideia de como posso fazer. — Aconselha Pedro.

— Tudo bem, você tem razão, vou ajuda-lo! — Declara Vanusa.

            Vanusa vai para o trabalho e encontra Vitória no cativeiro, no porão as duas conversam e Vanusa revela que Pedro pensa em uma forma de tirar Vitória de lá.

— Pedro? Mas o Pedro… o mesmo que era melhor amigo de Felipe na infância? — Pergunta Vitória.

— Sim, ele mesmo! — Respondeu Vanusa.

— Mas porquê? Qual o motivo dele me ajudar? — Questiona a jovem.

— Não sei, o Pedro é uma pessoa boa, ele não faz as coisas com intenção de um retorno, ele é assim, bom de coração dona Vitória. — Responde Vanusa.

— Contei a ele sobre a senhora estar presa e ele simplesmente disse que tiraria a senhora daqui. — Concluiu a empregada.

            Vitória se anima e finalmente cria esperanças reais de que vai sair do cativeiro, depois de dois meses presa ela finalmente voltaria a respirar ar puro, a ver a luz do sol e isso a anima muito. Vitória chora de emoção e abraça Vanusa.

— Ele é meu super-herói Vanusa, ele é o Super-Pedro! — Declarou Vitória com lagrimas nos olhos.

— É, ele é! Agora, a senhora tem alguma ideia de como nós podemos fazer isso? — Questiona Vanusa.

— Primeiro preciso que me faça um favor! — Disse Vitória.

— Qual? — Questiona a empregada.

— Você vai até a sala do Felipe e procura uma pasta com meu nome, acredito que esteja lá no escritório dele, só depois disso vou poder fugir, preciso levar as provas comigo Vanusa! — Declarou a jovem.

— Tudo bem, acho que já vi essa pasta em uma gaveta do escritório. — Revela a empregada.

— Depois disso a gente combina com o Pedro um dia para me tirar daqui. Nós precisamos sumir, precisamos ir para um lugar onde o Felipe não nos encontre, ou ele é capaz de nos matar Vanusa! — Disse Vitória

— Já disse isso a Pedro, mas para onde vamos? E como vamos sobreviver escondidas? — Questiona Vanusa.

— No meu quarto, atrás do retrato da minha mãe tem um cofre, vou te passar a senha e você pega o dinheiro. Tem uma grande quantia em dinheiro e joias, dá para gente fugir e viver por alguns meses e nesse tempo faço a denúncia e solicito a prisão de Felipe! — Declarou a jovem.

            Vanusa faz o que Vitória solicitou, ela vai até o escritório e encontra a pasta, a empregada leva a pasta até Vitória e liga para Pedro. Vanusa explica para o rapaz que a casa é cheia de seguranças e que eles precisam de uma forma de esconder Vitória.

— Eu já sei! Você tem aqueles carrinhos de lixo na casa não tem, aqueles grandes com rodinhas? — Questiona Pedro.

— Sim, tem sim! — Responde a empregada.

— Coloca a Vitória dentro de um desses carrinhos no fim do dia antes de Felipe chegar em casa, os seguranças nunca vão desconfiar! — Propôs Pedro esperançoso.

— É isso, você tem razão, e hoje é dia de lixo, precisamos fazer isso hoje! — Concorda a empregada.

— Combinado, lá pelas cinco e meia espero na frente da casa! Vamos tirar a Vitória daí hoje!  — Decretou Pedro.

            Vanusa conta o plano a Vitória que concorda com tudo e se prepara para fugir do cativeiro, perto das cinco horas da tarde Vanusa sobe até o quarto de Vitória e abre o cofre, a empregada fica chocada com a quantidade de dinheiro e joias no cofre, ela põe tudo em sua bolsa. Cinco e vinte Vanusa está na cozinha e recebe uma mensagem de Pedro informando que já está na esquina, ele informou a Vanusa que ela teria que levar o carrinho até lá para que as câmeras de segurança da casa não as filmassem.

            A empregada desce até o porão e Vitória entra na lixeira, Vanusa está saindo da casa quando o portão abre, Felipe chegou mais cedo do trabalho. Ele para o carro ao lado da empregada.

— Onde você pensa que está indo? — Questiona Felipe.

— Vou tirar o lixo senhor Felipe. — Responde a empregada.

— Humm, tudo bem, depois sirva o jantar! Mas lave essas mãos imundas! — Ordena o rapaz.

            Vanusa continua o caminho até o portão da casa, o segurança abre o portão para que ela saia, Vanusa sai e para em frente a casa.

— Poxa vida! O gari já amontoou o lixo na esquina, vou ter que levar até lá! — Diz Vanusa tentando disfarçar.

            Vitória dentro da lixeira critica:

— Que atuação horrorosa Vanusa.

— O que foi isso? — Pergunta o segurança ao ouvir uma voz.

— Nada! Eu falo sozinha! — Declarou Vanusa chutando a lixeira.

            Vanusa leva a lixeira até a esquina onde encontra com Pedro, o rapaz abre a lixeira e quando vê Vitória sair de dentro se encanta com a moça.

— Vitória?! — Disse Pedro boquiaberto.

— Pedro?! Que bom te ver! Que bom ver o mundo de novo! — Responde a jovem emocionada.

— Nós precisamos ir logo! O seu Felipe virá atrás de nós! — Afirma a empregada.

— Vamos! — Concorda Pedro ajudando Vitória a descer da lixeira.

            Os três seguem para casa de Elisa e Pedro, chegando em casa Pedro conta a avó toda a verdade. Elisa fica em choque mas percebe que o que o neto fez foi na melhor das intenções.

— Vocês precisam fugir urgente! — Avisa Elisa.

— Eu já falei isso para eles Elisa! — Concorda Vanusa.

— Eu vou até a minha casa, vou pegar umas mudas de roupa e a gente foge. — Avisa Vanusa saindo da casa de Elisa.

— Mas nós vamos para onde vó? — Questiona Pedro.

— Tem um lugar, vou leva-los! — Informou Elisa.

            Na casa de Felipe o rapaz toma um banho e desce para o jantar, ao chegar na sala de jantar percebe que a mesa ainda não foi servida, ele vai até a cozinha e percebe que Vanusa não está na casa. Felipe começa a desconfiar da empregada e vai até o escritório, o rapaz abre a gaveta e percebe que a pasta de Vitória já não está mais ali.

— Droga! Ela… não! Ela não seria capaz! — Pensa Felipe.

            O rapaz desce até o cativeiro e percebe que ele está vazio, Vitória fugiu e com a ajuda de Vanusa. Felipe chama os seguranças e liga para Diogo, o rapaz ordena que se inicie uma caçada por toda a Rio de Janeiro.

            Na casa de Elisa, Pedro e Vitória aguardam a volta de Vanusa, porém a mesma já deveria ter retornado, o rapaz desconfia e vai até a casa da empregada, ao chegar lá Pedro percebe que a casa está vazia, Vanusa fugiu sozinha.

— A Vanusa não está na casa! — Informa Pedro a Elisa e Vitória.

— O que? Como assim Pedro? — Questiona Vitória.

— Acho que ela fugiu! — Responde Pedro.

— Mas como? Vanusa não tem como fugir sozinha! — Pontua Elisa.

— Tem sim! Ela está com meu dinheiro e minhas joias! — Revelou Vitória.

            Vanusa havia fugido só, ela se desesperou com a demora de Pedro e Vitória e resolveu fugir sozinha, também não nega que se encantou com a quantidade de joias e dinheiro que encontrou no cofre de Vitória, para Vanusa o que aconteceu foi uma troca, a liberdade da moça pelas joias e o dinheiro.

            Na rodoviária Vanusa compra uma passagem para o interior do Mato Grosso, quando está prestes a embarcar no ônibus uma surpresa.

— Graças a Deus! Vou ser feliz bem longe daqui, e com muito dinheiro! — Comemora a empregada.

            De repente ouve-se um tiro, todos na rodoviária começam a correr e gritar desesperados, ninguém sabe de onde veio o tiro, mas logo percebem onde ele chegou, pois ali em meio ao chão do portão de embarque na rodoviária está Vanusa, a empregada não teve nem chance de se esconder, o tiro a acertou em meio ao peito. Vanusa quando caiu deixou a bolsa aberta, uma rajada de vento espalhou todo o dinheiro tirado do cofre de Vitória e as joias acompanhavam Vanusa no chão. O destino poderia ter sido diferente se ela tivesse seguido com o plano de Pedro, mas a ganancia e o medo a fizeram ter um fim trágico.

            Na casa de Elisa e Pedro, os três conversam, Vitória não pode fugir sem dinheiro, Elisa então a aconselha.

— Você pode ficar aqui, seu irmão nunca te procuraria aqui! — Aconselha Elisa.

— Mas e se ele me achar? — Revidou Vitória.

— Você precisa de uma transformação, cortar o cabelo, pintar, sei lá. Durante a noite você fica aqui com a gente e durante o dia já sei o que você fará, eu tenho um plano! — Declara Pedro.

— É isso, preciso de um disfarce! — Concordou Vitória.

            Vitória vira-se para Pedro e o olha com gratidão.

— Obrigada Pedro! Você realmente foi meu super-herói, o meu Super-Pedro! — Declarou Vitória abraçando o rapaz.

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