
Autor: Fábio Anhaia.
Atrás de uma tela vendo o dia passar, ocupado com coisas que não gostaria de estar. Todo dia a mesma rotina, resolve isso, resolve aquilo, será que um dia isso vai acabar?
Ao chegar em casa sente um alivio, liga a televisão e cá estamos novamente, passa canal, volta canal e assim permanece até o jantar.
No celular uma mensagem acaba de chegar, “Olá, como foi seu dia?”, a resposta é sempre a mesma, porém o sorriso é sempre novo. É incrível como uma simples conversa pode mudar tudo.
Conversa vai, conversa vem e por um longo período eles permanecem, a cada conversa vão se entregando aos poucos. Com medo de criar expectativas um recua e o outro percebe mantendo-se neutro, “não quero forçar nada”, pensa, mas o coração já está quase saindo pela boca.
Será que um dia vão se encontrar e sair de trás da tela do celular? Enquanto não decidem, eles continuam a se falar. A hora do boa noite acaba de chegar, eles se despedem, mas a verdade é que um com o outro gostaria de estar.
O amor é engraçado e ao mesmo tempo assustador, mas se nos permitirmos entregar, no fim tudo terá valido a pena, tudo fará sentido e o tempo não será perdido. Porque o amor machuca ao mesmo tempo que salva, o amor cura ao mesmo tempo que fere, tudo é uma questão de equilíbrio, e então nos perguntamos, “qual a razão disso?”, e a resposta é que não há razão, pois o amor não se sente com a mente, mas com o coração.
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