2021

Autor: Fábio Anhaia

Dois mil e vinte um foi um ano cheio de desafios, com altos e baixos fomos tentando resistir, resistir as perdas, resistir as tristezas, resistir aos medos e incertezas, a política, a fome, as enchentes, as tragédias… que ano foi esse!

Ainda enfrentamos uma pandemia cheia de restrições, distanciamentos e protocolos de segurança. O que mais nos assusta é o fato de estarmos lutando contra algo que não pode ser visto, algo silencioso e mortal, mas graças a ciência encontramos a vacina e isso fez com que nossas esperanças renascessem, fez com que nossa fé se reforçasse, fé de que um dia isso tudo vai acabar e que tudo vai voltar a normalidade, vamos tirar as máscaras, vamos retomar o controle e seguir a diante.

Mas como seguir a diante depois de tantas perdas? Perdas difíceis de se engolir, mais de seiscentas mil vidas, tudo por conta da irresponsabilidade do governo atual, do descaso, da ignorância e falta de empatia. A essas vítimas só nos resta rezar para que Deus as receba de braços abertos e com muito amor, o que tenho certeza que aconteceu.

Pessoalmente, as perdas que esse ano me trouxe são irreparáveis, mas a cada dia que passa procuro entender que a vida não é eterna, estamos aqui só de passagem, assim como chegamos um dia partiremos independente da nossa vontade.

Mas além das angustias, dois mil e vinte um trouxe muitas alegrias, as famílias voltaram a se encontrar e agora mais fortalecidas, a chegada da vacina trouxe esperança, conforto e segurança. As pessoas voltaram a se abraçar, se beijar e sorrir sem medo, depois de dois anos seguidos sem poder, agora podemos e fazemos, com mais calor, com mais vontade, com mais verdade.

Tenho certeza de que estamos saindo desse ano diferentes do que quando entramos, hoje sabemos a importância de um abraço, a importância do “eu te amo”, hoje sabemos que as pequenas discussões do dia a dia não têm importância alguma pois temos a consciência de que a vida é frágil e que devemos aproveitar cada instante como se fosse o último. Hoje sabemos que o que realmente importa somos nós como família, como pessoa, como ser humano.

Dois mil e vinte um foi um ano marcado por muitas tragédias, mas com certeza foi o ano divisor de águas, desse ano levamos ensinamentos, sorrisos, lembranças e a esperança de que em dois mil e vinte dois tudo será melhor.

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