A Profecia: Capítulo 10

Autor: Fábio Anhaia

Iboni – Google Imagens

Na floresta Iboni está sentado na beira do rio e percebe a presença de alguém:

– Boa tarde General! Achei que não viria mais! – Disse Iboni.

– Me desculpe, eu andei meio ocupado, não consegui vir antes. – Respondeu o General.

– Eu trouxe comida. – Disse o General.

– Obrigada, eu realmente estava com fome, depois de… – Dizia Iboni, interrompendo sua frase.

– Eu tenho muita fome. – Concluiu o índio.

– Depois do que? – Questionou o General.

– Nada, eu ia falar, depois que fui assaltado, nunca mais me alimentei direito, apenas quando você vem. – Disse Iboni.

O General se aproxima de Iboni e qustiona:

– Iboni, o que você esconde? Esse mistério me deixa louco!

– Não escondo nada General. – Respondeu Iboni.

O General olha no fundo dos olhos de Iboni e o beija, Iboni fica surpreso e recua, ele olha para o General e retribui o beijo, os dois começam a se beijar loucamente, Iboni tira a armadura do General e os dois se amam ali mesmo. 

Após, os dois entram na cachoeira e se beijam, o General então diz:

– Isso é uma loucura, somos dois homens, e você ainda é um índio!

Iboni responde:

– Eu sei, mas acredito que para o amor não existe regras General!

– Amor? – Questionou o General.

– Sim General, eu te amo! – Disse Iboni.

– É… Também te amo Iboni! – Declarou o General beijando-o.

Após se amarem novamente, o General veste sua armadura e prepara-se para partir ao castelo, mas antes ele olhoa para Iboni e declara:

– Eu vou dar um jeito de te tirar daqui! Você não pode viver assim.

O General parte em direção ao castelo, chegando lá, ele é surpreendido pelo Corvo Azul:

­­­­­­­­– Boa tarde General, estava na floresta? – Questionou o Corvo Azul.

– Boa tarde Corvo Azul, sim eu estava na floresta. – Respondeu o General.

– Posso saber o que o senhor fazia na floresta? – Perguntou o Corvo Azul.

– Acho que não lhe devo explicações de onde vou ou o que faço Tamaki, ou estou errado? – Declarou o General.

– Me desculpe a intromissão General, não quis ofendê-lo. – Disse o Corvo Azul.

– Tudo bem, só não se meta mais em meus assuntos, agora me deixe ir, tenho muito o que fazer. – Disse o General indo em direção ao seu quarto.

       

General Kurtz – Google Imagens

No quarto o General começa a pensar em uma forma de tirar Iboni da floresta, ele não podia deixar o amor da sua vida viver daquela maneira. Mais tarde todos são chamados para o jantar, na mesa estão a Rainha Negra, o Rei Arthur, o General e o Corvo Azul, a Rainha então pergunta ao General onde ele passou a manhã toda, o General inventa que estava treinando para um possível ataque surpresa, o Corvo Azul desconfia de toda a história, mas não interfere apenas escuta com atenção. Mais tarde após o jantar todos vão dormir menos o Corvo Azul que sai sorrateiramente do castelo para que ninguém perceba, o Corvo Azul vai em direção a floresta, ele caminha até encontrar uma cachoeira, na cachoeira ele chama por alguém, a resposta veio o Corvo Azul descobre Iboni que ali estava escondido:

– Iboni? O que você faz aqui? – Perguntou o Corvo Azul.

– Tamaki, eu estou escondido, vou destruir a Rainha Negra. – Declarou Iboni.

– Como você veio parar aqui, deve estar faminto. – Disse o Corvo Azul.

– Eu estou bem, não se preocupe. – Respondeu Iboni.

– Iboni, você tem recebido a ajuda de alguém? – Questionou o Corvo Azul.

– Não, eu… – Começou Iboni, até ser interrompido pelo Corvo Azul.

– O General! – Disse o Corvo Azul.

– Não, Kurtz não tem nada a ver com isso. – Afirmou Iboni.

– Então me responda Iboni, como você sabe o nome do General? – Questionou o Corvo Azul dando um sorriso no final.

– Tamaki, você não pode contar para ninguém que o General tem me ajudado, eu… eu e o General, nós… nós estamos…– tentou se explicar Iboni Gaguejando.

–Iboni, está tudo bem, não vou contar a ninguém, não se preocupe, eu já desconfiava, o General estava agindo estranho ultimamente. – Disse o Corvo Azul.

– Estranho? Estranho como? – Perguntou Iboni.

– Estranho, mais feliz! – Declarou o Corvo Azul.

– Mas você não pode ficar aqui, precisamos te levar para o castelo! – Declarou o Corvo Azul.

– O castelo? Você tem razão, assim fica mais fácil de pegar a Rainha! – Disse Iboni.

– Não! Não deve fazer mal algum a Elisabeth, estou resolvendo tudo Iboni, não atrapalhe meus planos, levei algum tempo e ainda estou trabalhando, mas tenho fé de que Elisabeth vai ceder, na nossa última conversa, descobri que Elisabeth perdeu algo! Alguma coisa importante na mesma noite que mandou assassinar Tamaki na aldeia, não ataque antes que eu descubra, por favor? – Disse o Corvo Azul.

Iboni pensa sobre o que o Corvo Azul disse e decide não atacar, após essa conversa o Corvo Azul volta ao castelo e vai até o quarto do General, chagando lá os dois conversam sobre Iboni e o General se declara ao Corvo Azul, diz que está apaixonado por Iboni, porém eles não podem ficar juntos por motivos óbvios, os dois são homens, além de Iboni ainda ser indígena, o Corvo Azul aconselha:

– General, para o amor não existem regras, não importa se vocês dois são homens, se um é índio e o outro General, vocês devem lutar por esse amor, não será fácil, mas valerá muito a pena! – Disse o Corvo Azul.

– Você tem razão Corvo Azul, sabe de uma coisa, tudo o que dizem sobre você é verdade, você realmente é o que precisamos, e na hora que precisamos, obrigada Corvo Azul. – Declarou o General.

De repente um vento entra pela janela do quarto do General e o Corvo Azul começa a pensar longe, como se estivesse fora do seu corpo por um instante, o General tenta chamá-lo, mas parece que ele não está ali para responder, então ele volta:

– Precisamos encontrar Iboni! – Disse o Corvo Azul com o rosto pálido.

– Mas como assim? O que aconteceu? – Questionou o General.

– Não posso explicar agora, precisamos encontrá-lo! – Respondeu o Corvo Azul.

– Calma Corvo Azul, vamos para cama e amanhã cedo vamos até a cachoeira, Iboni não saíra de lá. – Disse o General.

– Tudo bem você tem razão, amanhã falamos com Iboni. – Disse o Corvo Azul indo em seguida para o seu quarto.

No caminho para o quarto o Corvo Azul encontra a Rainha Negra:

– Corvo Azul, onde estava? – Questionou a Rainha.

– Elisabeth, estava no quarto do General, estávamos conversando. – Respondeu o Corvo Azul.

– O General? Oh, então vocês conversam agora? – Questionou a Rainha.

– Sim, conversamos, mas isso te incomoda? Por que se incomodar eu paro de falar com ele? – Disse o Corvo Azul.

– Não, de maneira alguma Corvo Azul, você pode conversar com quem você quiser! – Declarou a Rainha indo para seu quarto.

No dia seguinte, o Corvo Azul e o General se levantam cedo e partem em direção a floresta, chegando na floresta eles chamam por Iboni que sai de trás da cachoeira:

– Iboni! – Chamou o General.

– Kurtz! – Respondeu Iboni vindo em direção ao General.

– Você está ai. – Disse o General beijando Iboni.

– Estava com saudades. – Disse Iboni retribuindo o beijo.

– Pois bem, será que podemos conversar, algo muito sério está para acontecer! – Disse o Corvo Azul aos dois.

Iboni olha surpreso para o Corvo Azul e pergunta:

– O que aconteceu Corvo Azul?

O Corvo Azul se prepara para começar, mas é interrompidos por uma voz vindo da floresta:

– Ora, ora, mas quem diria! Um índio, um general e um espírito mágico! – Disse a Rainha Negra cercando os três com seu exército.

General Kurtz – Google Imagens

O General pega sua espada e tenta atacar, mas são muitos soldados e ele não pode lutar sozinho, Iboni se prepara para se transformar na besta, porém o Corvo Azul o impede. A Rainha Negra prende os três e os leva ao castelo, no castelo ela acusa o Corvo Azul e o General de traição e manda prende-los juntamente com Iboni nas masmorras, presos os três conversam:

– E agora o que faremos? – Perguntou o General.

– Fique calmo, vamos sair daqui. – Respondeu o Corvo Azul com muita calma e positividade.

– Iboni dará um jeito, não é Iboni? – Continuou o Corvo Azul.

Iboni olha com vergonha ao Corvo Azul e confirma com a cabeça.

– Mas como? – Perguntou o General.

– Mais tarde veremos isso, agora preciso contar aos dois o que está para acontecer! – Disse o Corvo Azul.

– Eu recebi uma mensagem de Kinobi, ele me disse que tudo o que estamos vivendo, não se compara ao que vamos enfrentar, a Rainha Negra não é nossa maior inimiga, a batalha irá se transformar em uma guerra muito maior e muito mais nobre, precisamos encontra-los, a profecia vai se concluir! – Disse o Corvo Azul.

– Profecia? – Questionam Iboni e o General.

– Sim, Kinobi disse que existe uma profecia e tudo o que aconteceu até agora, foi premeditado, nossa batalha não é contra a Rainha, mas contra algo maior, precisamos sair daqui e encontrá-los. – Declarou o Corvo Azul.

– Tudo bem, mas como faremos isso? – Questionou o General até ser interrompido por um guarda que entrou na cela e o levou até a Rainha.

– General! Como você ousa ter me traído! Eu sempre confiei em você e olha o que você fez comigo, eu vou te decapitar em praça pública! Levem-no daqui e preparem a guilhotina, vamos decapitar os três – Declarou a Rainha.

Masmorras – Google Imagens

De volta a masmorra o General conta ao Corvo Azul e Iboni o que a Rainha pretende e os três começam um plano de fuga, Iboni conta ao General que é a Besta, o General inicialmente fica chocado mas o Corvo Azul o fez entender que o amor que ele sente por Iboni é maior que a maldição do índio e o General concorda, os três iniciam seu plano de fuga, Iboni se transforma na enorme Besta e destrói a porta da masmorra atacando todos os guardas que encontra pelo caminho, os três fogem do castelo, a Rainha Negra é avisada e manda seus guardas se prepararem, de repente a feiticeira em chamas entra pela janela do saguão principal, todos ficam apavorados:

– Olá Rainha Negra! Finalmente, onde está o meu exército! – Disse a feiticeira.

– Do que você está falando bruxa! Não tem nenhum exército para você! – Declarou a Rainha.

– Ahhh Elisabeth, temos tanto do que conversar, mas antes… – Disse feiticeira deixando de pegar fogo se transformar em uma linda feiticeira novamente.

– Agora sim, bem melhor! – Declarou a feiticeira.

A Feiticeira – Google Imagens

A Feiticeira conversa com a Rainha Negra e conta tudo sobre a profecia, a bruxa convence a Rainha de que ela faz parte da profecia e que enfim conseguirá a vingança que tanto deseja sobre os Iroquois, a Rainha ordena que os exércitos iniciem a preparação, a grande guerra está chegando e eles precisam se preparar para enfrentar a Guarda da Esperança e o Homem trovão.

Na floresta Iboni, o General e o Corvo Azul encontram Kinobi, Panimbi, Ynibi e o Mago Mateo, enfim a Guarda da Esperança está reunida, eles conversam por um tempo e tudo finalmente está esclarecido, todos estão cientes de que a profecia está chegando e todos devem estar preparados, mais tarde Ynibi conversa com Iboni:

– Iboni! Podemos conversar? – Perguntou Ynibi.

– Claro Ynibi! – Respondeu Iboni.

– Iboni, eu sei que fiz uma promessa ao meu pai, que me casaria com o homem mais corajoso da aldeia, mas eu estou apaixonada por Panimbi…. – Dizia Ynibi até ser interrompida.

– Ynibi, não se preocupe, não tenho interesse em atrapalhar vocês dois, nem vou poder mais voltar para a aldeia mesmo… – Disse Iboni.

– Do que está falando Iboni? – Qquestionou Ynibi.

– Eu tenho outra pessoa Ynibi, o General, nós… – Explicou Iboni.

– Oh, nossa, é realmente… – Dizia Ynibi.

–…Estranho…– Completou Iboni.

– Diferente, mas não errado! – Declarou Ynibi sorrindo com ternura.

– Então você acha? – Perguntou Iboni.

– Você deve ser feliz Iboni, não importa com quem! – Declara Ynibi e os dois se abraçam.

Panimbi observava de longe os dois conversarem, Ynibi volta para perto de Panimbi e questiona se ele não vai contar a Iboni seu segredo, o fato de os dois serem irmãos, porém Panimbi diz que não é o momento, que precisam se preparar e talvez depois se tudo correr bem ele então contará. Ynibi não concorda, mas respeita a vontade do amado.

Após comerem, todos vão dormir, Iboni e o General conversam próximo do riacho:

– E agora? Estamos juntos, mas sem lugar para ir, o que faremos? – Questionou o General.

– Eu não sei, não sei o que acontecerá após a guerra, não sei se sobreviveremos, mas de uma coisa eu sei General, em todos esses momentos te quero ao meu lado, eu te amo, te amo como nunca amei ninguém e depois? Depois vamos dar um jeito, mas seja o jeito que for vamos estar do lado um do outro. – Declarou Iboni com um olhar apaixonado.

– É isso, estaremos juntos, juntos para sempre. – Respondeu o General pegando na mão de Iboni.

– Juntos nesse nosso Amor Proibido! – Declarou Iboni beijando o General.

O Tio

Autor: Fábio Anhaia

Ele é brincalhão, ele é bondoso

Ele é inteligente, ele é determinado

Ele é bem-humorado, ele é alegre

Ele é bonito, bom isso ele quem diz

Ele é trabalhador, ele é esforçado

Ele é carinhoso, ele é moderno

Ele é amigo, ele é quase um irmão

Bem ele é irmão, só que do meu pai

Ele é descolado, ele é “blogueiro”

Ele é “mulherengo”, ele é família

Ele é divertido, ele é engraçado

E como ele é engraçado!

Ele é amoroso, ele é corajoso

Ele é animado, ele é único

Ele é cantor, ele é dançarino

Bem, cantor… quem precisa ser cantor quando se tem olhos azuis

Ele é tudo e mais um pouco

Ele é mais que mais um pouco

Aliais pouco é o a única coisa que ele não é

Ele é fenomenal, ele é meu tio, aliais, ele é o Tio!

A Profecia: Capítulo 9

Autor: Fábio Anhaia

Aldeia dos Iroquois – Google Imagens

Na aldeia Panimbi pensa em tudo que ouviu de Iboni e não consegue entender em como ele poderia deter a Rainha sozinho:

– Como ele vai detê-la, está tudo muito estranho…– Disse Panimbi.

– Panimbi? Tudo bem com você? – Disse Ynibi entrando na tenda.

– Ynibi, estou bem, não é nada meu amor. – Falou Panimbi beijando-a em seguida.

– Estão servindo o almoço vamos? – Convidou Ynibi.

– Vamos! – Disse Panimbi.

Após o almoço Ynibi e Panimbi vão até a mata em busca de lenha, no meio da mata os dois começam a recolher a lenha, sem perceber Ynibi começa a se afastar de Panimbi, e foi se afastando cada vez mais juntando montes de lenha pelo caminho, de repente  ela encontra uma clareira:

– Mas o que? Onde eu estou? PANIMBIII? – Gritou Ynibi no meio da clareira.

Então ela gira e se espanta ao reparar que atrás dela há uma tenda, uma tenda indígena:

– Mas isso… isso não estava aqui! – Diz Ynibi assustada com a tenda.

Ynibi entra na tenda:

– Olá!? Tem alguém aí? – Questionou Ynibi.

– Olá Ynibi! – Respondeu uma sombra no fundo da tenda.

A Feiticeira – Google Imagens

De repente a sombra se transforma em uma bela feiticeira, Ynibi se assusta e dá um passo para trás e a feiticeira diz:

– Não se assuste, não te farei nenhum mal, sabe quem sou eu? – Questionou a feiticeira.

– Tenho uma vaga ideia, mas você pode me responder melhor, não é? – Respondeu Ynibi.

– Era necessário! Eu precisava fazer aquilo, mas seus pais me atrapalharam e agora estou aqui, presa pelo resto da vida nessa tenda. – Disse a feiticeira.

– Então precisava me matar para se libertar? Libertar do que? – Questionou Ynibi.

– É complicado Ynibi, mas um dia você vai descobrir. – Respondeu a feiticeira.

– Mas porque você me trouxe até aqui? – Perguntou Ynibi.

– Eu não a trouxe, você me encontrou, Ynibi, uma guerra se aproxima, e existem coisas que você precisa saber, o que eu vou te contar vai me matar, mas eu passei a vida presa, não me importo mais. – Disse a feiticeira.

– Eu vou lhe contar uma história Ynibi, eu a chamo de A Rainha Negra, a Feiticeira e o Homem Trovão! – Revela a feiticeira.

Então a feiticeira começa a contar a história, uma história que atravessou gerações e ela começou a exatos….

22 anos atrás…

Em um reino distante vivia uma princesa, princesa Elisabeth, ela era filha do rei Marx, ela era jovem e muito destemida, adorava se esconder na mata próximo ao campo de treinamento, ela ficava escondida para aprender todos os golpes possíveis, ela sonhava no dia em que iria entrar num campo de batalha, mas como todos sabemos uma princesa não vai ao campo de batalha, mas Elisabeth não pensava assim.

Em uma tarde de verão chegou ao castelo a notícia de que um grupo de guerreiros indígenas haviam atacado a aldeia, o rei mandou juntar os soldados, Elisabeth estava escondida e ouviu tudo, ela percebeu que aquela era a oportunidade perfeita, então ela decidiu, ela iria para a batalha, Elisabeth então prendeu o cabelo e vestiu uma armadura, se infiltrou entre os soldados e foi até a batalha.

Chegando a batalha estava tudo um caos, os soldados e os indígenas lutavam bravamente, de repente um indígena vai sorrateiramente até o rei e quando estava prestes  a mata-lo um bravo soldado salva-o arrancando a cabeça do índio, o rei surpreso olha para o soldado com um olhar agradecido e os dois continuam a batalhar, durante a batalha o rei não deixava de observar aquele soldado e como ele era bravo e guerreiro.

No fim da batalha o rei reúne os soldados que sobreviveram e então declara:

– Hoje foi um grande dia, e eu devo dizer que só estou aqui graças a um soldado, não pude deixar de observar o quanto você foi valente nessa batalha, então rapaz, tire esse capacete, deixe-me ver o rosto do soldado a quem devo a vida.

Elisabeth – Google Imagens

O soldado tira o capacete e todos ficam surpresos:

– O que? Elisabeth? Mas o que você está fazendo aqui, e como… como você aprendeu tudo o que fez hoje? – Disse o rei surpreso.

– Eu quero lutar papai, sempre deixei isso claro! – Respondeu Elisabeth.

– Uma princesa…. – Começou o Rei.

– Uma princesa deveria decidir o que fazer da sua própria vida! – Completou Elisabeth.

Os soldados olham para o rei, todos surpresos, e o rei declara:

– Está certa filha! Você deve decidir sobre sua vida, você quer lutar? Ótimo! Irá lutar, porém existe uma condição!

Elisabeth surpresa com a declaração do pai responde:

– Tudo bem! Eu aceito seja qual for, eu só quero poder defender nosso reino, meu rei!

O rei então conclui:

– Deve se casar com o Rei Arthur de Andalusia!

Elisabeth ficou chocada, mas se aquela era a única maneira dela poder lutar e defender seu reino ela aceitaria:

– Tudo bem! Eu me caso com Arthur!

Após a conversa todos voltam ao castelo, no castelo a notícia de que Elisabeth havia se tornado um soldado do exército do rei logo se espalhou. Alguns meses se passaram e várias batalhas contra indígenas aconteceram, Elisabeth sempre esteve à frente dessas batalhas, de soldado ela foi promovida a general do exército do rei, a notícia de que uma general havia assassinado muitos indígenas chegou a aldeia dos Iroquois, o chefe Inaby então chama a sua tenda o seu filho o jovem guerreiro Kinobi:

– Mandou me chamar pai? – Questionou Kinobi.

– Sim meu filho, preciso conversar com você! – Disse Inaby.

– O rei Marx, encontrou um general, segundo nossos homens é impossível de vencê-los, o exército é muito bem articulado nas batalhas graças a esse general, precisamos de ajuda, nossas armas não são suficientes.

– E o que podemos fazer meu pai? Não temos armas de ferro como o exército do rei! – Declarou Kinobi.

– Va além da floresta, encontre a antiga masmorra e lá encontrará a ajuda de que precisamos, não deveríamos fazer isso, é contra nossos princípios, mas não vejo outra alternativa. – Disse Inaby.

– Além da floresta, na antiga masmorra? Mas meu pai la vive a … – Dizia Kinobi até ser interrompido.

– Eu sei, mas não podemos vencer o exército do rei se não for dessa maneira Kinobi, não há outro jeito. – Concluiu Inaby.

Kinobi – Google Imagens

Kinobi faz o que o pai pede, ele entra na floresta e a atravessa, chegando ao fim ele encontra a antiga masmorra, um lugar de dar arrepios em qualquer pessoa, entrando na masmorra Kinobi sente um arrepio subir pelas suas costas, mas cria coragem e continua:

– Olá!? Tem alguém aí? Eu procuro por Tchaki a feiticeira! – Disse Kinobi.

– Ora, ora vejam só, Kinobi! Filho de Inaby! O que faz em minha casa? – Questionou a feiticeira.

– Meu pai me mandou, precisamos de ajuda, precisamos de algo que nos ajude a deter o exército do Rei. – Declarou Kinobi.

– E por que eu ajudaria vocês? – Perguntou a feiticeira.

Kinobi pensa e não encontra nenhuma resposta convincente e então diz:

– Eu não sei! Mas podemos negociar, me diga feiticeira o que poderia fazer com que nos ajude? – Questionou Kinobi.

A feiticeira surpresa com a proposta de Kinobi responde:

– Eu quero um filho Kinobi, seria capaz de me dar?

A Feiticeira – Google Imagens

Kinobi se espanta com o pedido da feiticeira e rapidamente responde:

– Eu não tenho filhos, se quer tenho uma esposa e mesmo se tivesse, não entregaria minha criança a você!

– Eu não quero uma criança sua com outra mulher, quero que você me ajude a ter uma criança, é isso ou pode procurar ajuda em outro lugar! – Declarou a feiticeira.

– Pois eu jamais faria isso, eu encontrarei uma maneira de vencer o exército do rei sem a sua ajuda! – Disse Kinobi deixando a masmorra.

Na saída de Kinobi, a feiticeira o observa e diz:

– Boa sorte Kinobi, e lembre-se que o culpado pelo fim da sua raça, é você mesmo!

– Isso é que veremos feiticeira! – Declarou Kinobi deixando a masmorra.

Saindo da masmorra e entrando na floresta Kinobi caminha se questionando sobre a proposta da feiticeira:

– Ela é maluca! O que ela pensou, que eu aceitaria a proposta!

De repente Kinobi ouve um barulho dentro da mata, ele se esconde e começa a procurar a origem, não vê nada e sai do esconderijo, então ele ouve um estouro, como se fosse uma explosão:

KABUUUUUM – Ouviu Kinobi.

– Mas o que é isso! – Diz Kinobi indo em direção a origem do barulho.

Chagando ao local ele vê um jovem todo esfumaçado caído no chão:

– Ora bolas, o que foi isso, o que eu fiz de errado dessa vez! – Se questionou o jovem.

Mago Mateo – Google Imagens

Ele levanta e percebe a presença de Kinobi.

– Por Merlim! Um Índio! – Disse o jovem dando um passo para trás.

– Calma, não te farei nenhum mal! – Disse Kinobi.

– Eu sei que não, e sei de onde você veio, mas me diga, o que foi fazer lá? – Perguntou o jovem.

– Estava atrás da feiticeira, mas ela não pode me ajudar. – Disse Kinobi.

– Mas o que você pediu, a feiticeira geralmente atende os pedidos, em troca de algo, mas atende. – Diz o Jovem

– O problema não foi o que eu pedi, mas o que ela queria em troca! – Respondeu Kinobi.

– E o que ela pediu? –  Perguntou o jovem curioso.

– Ela me pediu um filho! – Disse Kinobi.

O jovem baixa a cabeça e começa a pensar:

– Um filho? Por Merlim, ela está tramando se libertar, mas se ela já está tramando isso é por quê? Ah não! Está próximo! – Disse o Jovem.

Kinobi confuso olha para o jovem e questiona:

– Próximo? O que está próximo? Senhor…?

– Ah me perdoe, Mateo, me chamo Mateo, agora não temos tempo, preciso encontrá-lo já é tarde.

– Encontrar quem? Não temos tempo para que? – Questionou Kinobi.

– Não é quem! A pergunta correta é o que Kinobi? E a resposta para essa pergunta é o machado, o machado do trovão! – Respondeu Mateo.

– Machado do trovão? O que é isso? E espere aí? Como sabe meu nome? – Questionou Kinobi.

– Kinobi, a essa altura eu pensei que já teria reparado, sou um mago! – Disse Mateo.

– Bom isso já responde muita coisa, mas por que precisamos do machado Mateo? – Disse Kinobi.

– Bom, uma grande guerra se aproxima Kinobi, se a feiticeira se libertar ela vai liberar no mundo uma força maligna fora do comum, sendo assim, apenas uma pessoa pode nos salvar, o Homem trovão e a guarda da esperança! – Explicou Mateo.

– O Homem trovão e a guarda da esperança? Como assim, eu não entendo. – Disse Kinobi confuso.

– O Homem trovão eu encontrei, você! A guarda da esperança, você já conhece, bom assim eu espero, você tem amigos Kinobi? Não tem? A guarda da esperança é formada por uma feiticeira, o homem tigre, o Corvo Azul e o Mago, que no caso sou eu! Você já conheceu a guarda da esperança, não é Kinobi! – Questionou Mateo.

– NÃO, ISSO TUDO É LOUCURA, EU NÃO SEI DO QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO! – Disse Kinobi muito assustado com tudo o que Mateo falou.

– Isso não faz sentido, a profecia diz que você só procuraria o martelo quando tivesse com a guarda da esperança montada, eu não compreendo. – Disse Mateo.

– Olha Mateo, eu não sou quem você pensa, eu só estou atrás de uma arma capaz de deter o exército do rei Marx, me desculpe.

– Não, não, não! Tenho certeza de que é você, olha talvez encontremos a guarda pelo caminho, mas Kinobi eu sei que você é o Homem trovão, venha comigo por favor!

Kinobi confuso com toda a informação que havia recebido decide ir com Mateo, ele vê uma verdade no fundo dos olhos do jovem mago e essa verdade o convence, mas ao mesmo tempo está assustado, não sabe o que será capaz de enfrentar, não faz ideia do que será a guarda da esperança e tão pouco onde irá encontra-los, mas sente de alguma forma, assim como o mago, de que ele é o Homem trovão e que precisa do machado, se não for para matar a feiticeira e a tal força, será para enfrentar o exército do rei.

Mateo pega na mão de Kinobi e com seu cajado bate no chão, os dois desaparecem em meio a floresta e surgem em um penhasco, Kinobi olha para baixo e fica tonto, Mateo segura em sua mão e diz:

– É melhor não olhar para baixo.

Penhasco – Google Imagens

Os dois começam a caminhar pelo penhasco que têm uma trilha que leva até o topo, chagando ao topo Kinobi fica impressionado com que vê, é um machado indígena, está sobre uma pedra, Kinobi olha para Mateo e diz:

– É esse? É o machado do trovão? – Questiona Kinobi.

– Sim, é esse, mas Kinobi, eu preciso confessar uma coisa, se você não for o Homem Trovão, provavelmente você vá morrer assim que tocar o machado. – Diz Mateo com um sorrisinho tímido.

– MAS O QUE?? – Disse Kinobi chocado com a revelação.

– EU VOU FRITAR? VOCÊ ME DISSE QUE EU ERA O HOMEM TROVÃO! – Diz Kinobi perplexo com a possibilidade de morrer.

– Eu sei o que eu disse, mas pode ser que não seja, só quis te avisar para que não morra bravo comigo. – Diz Mateo.

– Tudo bem, já cheguei até aqui, vamos lá. – Declarou Kinobi indo em direção ao machado.

Mateo então o observa ir em direção ao machado, ele vai ficando cada vez mais tenso, assim como Kinobi que começa a rezar para que o Grande Espirito o proteja, quando chega a frente do machado, Kinobi ergue a mão para tocar e leva um susto que o faz saltar para trás:

BUUUUUUUUUUUUUM – Ouviu Kinobi saltando para trás com a mão no peito.

 – HAHAHAHAHAHAHA, desculpe, não podia perder a oportunidade, mas vai la foca de novo e pega o machado. – Disse Mateo rindo da situação.

– Isso não teve graça, meu coração podia parar! – Disse Kinobi assustado.

– Desculpe não farei de novo. – Declarou Mateo arrependido.

Kinobi concentra-se novamente e vai em direção ao machado e com os olhos fechados toca-o, uma grande luz o rodeia fazendo com que Mateo feche os olhos com tamanha luminosidade, Kinobi é levado aos céus envolto daquela luz e muitos relâmpagos e trovões, de repente ele desce ao chão com o machado em suas mãos:

– É você! É o Homem trovão! – Declarou Mateo.

– É sou eu! – Respondeu Kinobi.

Os dois retornam a floresta, da floresta eles vão a aldeia, chegando na aldeia todos ficam surpresos com o novo amigo que Kinobi havia feito, nunca na história dos Iroquois uma outra raça que não fosse indígena poderia adentrar, mas a regra foi clara Mateo era amigo, ele ajudou Kinobi e por isso era bem-vindo.

Inaby – Google Imagens

Assim que recebeu a notícia da volta de Kinobi e ainda por cima com um mago como amigo, Inaby mandou chamá-los imediatamente a sua tenda, chegando na tenda Inaby disse:

– Mas o que é isso Kinobi, como você pode trazer um mago para nossa aldeia? – Questionou Inaby.

Kinobi e Mateo explicam toda história do que havia acontecido na jornada de Kinobi, Mateo também contou toda a profecia a Inaby, contou sobre o machado magico, a guarda da esperança e a grande batalha:

– Será terrível, não será uma simples batalha entre indígenas e a Rainha Negra, será uma batalha entre Indígenas, a Rainha Negra, a guarda da esperança, os monstros do submundo e o pior, o Monstro de fogo, se ele for libertado está tudo perdido. – Expliou Mateo.

–  Mas quem é a Rainha Negra? Guarda da esperança? – Questionou Inaby.

– Eu sei também estou confuso, mas é assim que está na profecia, precisamos encontrar a guarda! Esse deve ser nosso objetivo agora! – Declarou Mateo.

– Você está maluco, vá embora de nossa aldeia agora! Temos uma batalha e não é contra essa tal Rainha Negra, vamos destruir o exército do rei Marx e não temos tempo para historinhas magicas, ande Kinobi esperamos você com nosso exército, espero que esse machado realmente funcione! – Declara Inaby saindo da tenda.

– Kinobi, você precisa acreditar em mim, você pegou o machado, sabe que é verdade! – Disse Mateo.

– Desculpe Mateo, mas meu pai tem razão, temos uma batalha, e no mais, essa Rainha Negra nem apareceu, e a feiticeira, ninguém será capaz de dar uma filha a ela, não se preocupe, volte para casa, vai ficar tudo bem. – Disse Kinobi saindo da tenda.

Tenda Mateo – Google Imagens

Após a conversa Mateo volta para sua casa na floresta, ele lê e relê diversas vezes a profecia e não consegue entender, Mateo guarda a profecia em um baú e resolve esquecer:

– Talvez eles tenham razão, eu nunca fui um excelente mago, devo estar errado mais uma vez! – Disse Mateo desapontado consigo mesmo.

Na floresta, os Iroquois se preparam para algo que imaginavam que seria a batalha de suas vidas, Kinobi não consegue deixar de pensar na profecia, mas procurou se concentrar para a batalha, ele olha o machado e não sabe do que ele realmente é capaz, mas tentará de tudo para que funcione e os Iroquois vençam a batalha.

No castelo o rei e Elisabeth recebem a notícia de que os Indígenas estão se aproximando, eles reúnem os exércitos e vão em direção ao campo de batalha, Elisabeth veste sua melhor armadura e está confiante:

– Hoje eu acabo com todos esses Indígenas, hoje serei coroada a melhor general que esse exército já viu! – Declarou Elisabeth.

Chegando no campo de batalha de um lado estavam os índios comandados por Inaby e Kinobi, e do outro estavam o rei Marx e Elisabeth, em um grito de guerra indígena os grupos correram em direção um do outro e começaram uma batalha, uma batalha regrada de sangue e raiva, em meio as lutas Elisabeth e Kinobi começam a guerrear, Kinobi ainda não havia usado o machado, preferiu uma espada que havia sido criada na aldeia durante sua saída, Elisabeth dispara diversos golpes contra Kinobi que se protege, Kinobi consegue acerta-la e ao cair Elisabeth perde seu capacete, Kinobi olha para o rosto de Elisabeth e sente algo estranho, Kinobi se apaixonou pela general, um amor platônico, algo que aconteceu assim, em apenas um olhar, Elisabeth sentiu o mesmo, tentava lutar mas também sentia aquilo.

Elisabeth – Google Imagens

Kinobi se afasta de Elisabeth que se levanta e pergunta confusa:

– O que foi isso? O que você fez comigo? É algum tipo de feitiço? Responda índio!

– Não, eu não sei, estou confuso, isso nunca aconteceu comigo. – Respondeu Kinobi.

– Pois então desfaça! – Disse Elisabeth.

–Desfazer com o que? – Questionou Kinobi.

Elisabeth estava relutando com tudo o que sentia, mas não conseguia conter, Kinobi por outro lado já havia aceitado o sentimento, mas também não entendia como aquilo poderia acontecer assim, tão rápido, mas pensou consigo mesmo, “ Eu tenho um martelo magico, no que mais eu deveria duvidar”, Kinobi olha a seu redor, o tanto de mortes e sangue espalhados e pega seu machado nas mãos, Kinobi ergue-o e uma grande luz surge em suas mãos, Kinobi bate o machado no chão e um enorme raio seguido de um trovão divide a terra, assustado com o que acabará de ver, o rei Marx ordena que as tropas recuem, Elisabeth olha para Kinobi, sobe em um cavalo e parte em direção ao castelo.

Na aldeia Kinobi toma banho no rio e pensando em tudo que aconteceu, como ele poderia se apaixonar por alguém que acabará de ver, mal sabia ele mas do outro lado da floresta no castelo do rei Marx, Elisabeth dentro de uma banheira pensa a mesma coisa. Os dois foram para cama e não conseguem tirar um ao outro da cabeça.

Enquanto isso o rei Marx em seu trono pensa no que havia visto, “um machado magico, onde ele conseguiu um machado magico”, ele sabe muito bem quem poderia ter dado a ele, o rei chama um capitão de seu exército, veste uma capa sai em direção a floresta, na floresta o capitão o questiona:

– Aonde estamos indo, meu rei?

– Vamos as antigas masmorras! – Respondeu o rei.

– Mas meu rei, as antigas masmorras? – Questionou o capitão.

– Sim! Eu já sei o que fazer para vencermos aqueles índios! – Declarou o rei.

Chegando as masmorras o rei entra e encontra a feiticeira:

– Ora, parece que todos resolveram me procurar! – Disse a feiticeira.

– Eu sei o que você fez feiticeira, você entregou uma arma magica aos índios, estou aqui porque quero o mesmo! Para uma luta justa! – Declarou o rei.

– Uma arma, hahaha, eu não entreguei nada a ninguém, espere um pouco, você disse mágica? Que tipo de arma? – Perguntou a feiticeira.

– Um machado, preciso que me forneça um também! – Disse o rei.

A feiticeira ficou pensativa:

– Então ele já está se preparando, a profecia! Ela está próxima!

– Do que está falando feiticeira, me de uma arma e eu lhe dou o que você quiser! – Declarou o rei.

– O que eu quiser? – Perguntou a feiticeira.

– O que for preciso! – Declarou o rei.

– Eu quero um filho! – Disse a feiticeira.

– Um filho? – Disse o rei.

– Bom, se for para ter a arma, tudo bem, que assim seja! – Disse o rei.

Rei Marx e Feiticeira – Google Imagens

Os dois começam a se beijar e em seguida se despir, o rei e a feiticeira fazem amor e ela conseguiu exatamente o que queria, no fim de tudo a feiticeira fez um feitiço na espada do rei e declarou que apenas ele e seus sucessores naturais poderiam portar a arma, o rei pega a espada e vai embora.

No dia seguinte na aldeia Kinobi se levanta e resolve ir até a mata, chegando na mata ele tem uma surpresa, Elisabeth estava lá a beira de uma cacheira, Kinobi então diz:

– O que você faz aqui?

– O mesmo que você! – Disse Elisabeth.

– O que foi que aconteceu? Porque nós paramos, eu não consigo entender! – Disse Elisabeth.

Kinobi vai em direção a ela e a beija, a beija como se fosse o último beijo que dariam, Elisabeth retribui o beijo, e os dois começam a se despir e se amar, se amam por um longo período de tempo, no fim Elisabeth sobe em seu cavalo e parte, antes ela olha para Kinobi e com um sorriso declara:

– Espero poder te ver novamente!

– Eu também! – respondeu Kinobi.

Após aquele primeiro encontro, Kinobi e Elisabeth se encontraram diversas outras vezes, até que um dia um camponês descobriu tudo e entregou-os ao rei Marx que mandou chamar Elisabeth imediatamente. Em conversa com o rei, Elisabeth revelou que estava apaixonada por Kinobi, o rei então a lembrou da condição que ele a propôs para ser general do exército, e o rei também pensou em todos os comentários que isso geraria, o rei a obriga a casar-se com Arthur e anuncia que o casamento aconteceria naquela semana.

No meio da noite Kinobi acorda com uma conversa vindo da tenda de seu pai, ele resolve investigar, chegando na tenda ele percebe que Inaby está conversando com o rei Marx, os dois decidiram que iriam pôr um fim no romance dos filhos, Kinobi entra na tenda:

– Isso não vai acontecer, eu amo Elisabeth e nunca vou deixá-la! – Disse Kinobi.

– Você vai! Eu e o rei Marx fizemos um acordo! – Declarou Inaby.

– Que acordo? – Questionou Kinobi.

– A guerra vai acabar, mas para isso você e Elisabeth nunca mais deverão se ver! Você não pode ser tão egoísta a ponto de matar seu povo para viver um amor Kinobi.

Kinobi começa a pensar no que o pai disse, ele poderia realmente matar todo o seu povo apenas para viver um amor? Ele não poderia viver uma vida sabendo que matou toda a sua raça, e então Kinobi decidiu:

– Com muita dor em meu coração, eu aceito. – Disse Kinobi com lagrimas em seu rosto.

– Certo, hoje mesmo direi a Elisabeth que você também está de casamento marcado, direi que você será pai e por isso nunca mais irão se ver. – Disse o rei deixando a aldeia.

No castelo o rei Marx contou a Elisabeth todas aquelas mentiras, também contou que fez um acordo com os indígenas e que agora iriam todos viver em paz. Anos se passaram e tudo aconteceu como o rei Marx e o chefe Inaby previram, anos de paz e harmonia, Elisabeth se casou com Arthur e tiveram uma filha, Kinobi também se casou com uma indígena chamada Ybambi os dois também tiveram um filho chamado Tamaki, mas na noite do nascimento das duas crianças uma coisa terrível aconteceu, a filha da rainha Elisabeth foi assassinada a mando de Kinobi, a rainha para se vingar mandou os guardas para a tribo dos Iroquois e mandou matar Tamaki, e assim nasceram os Anos de Escuridão.

De volta a tenda da Feiticeira…

– Mas por que você está me contando isso agora? – Perguntou Ynibi.

– Porque chegou a hora Ynibi! Você está aqui e eu posso acabar com essa maldição, é a hora dele governar, ele vira a esse mundo para acabar com tudo, você está aqui e nós vamos concluir o que eu comecei naquele dia na floresta antes de ser impedida por Kinobi e Vanity, você é a chave para a liberdade de EMBAKU! – Declarou a feiticeira.

– Não! Isso não vai acontecer! – Disse Ynibi.

A feiticeira começa a voar e uma batalha entre ela e Ynibi começa, elas disparam feitiços e poderes uma contra a outra até que Ynibi dispara um raio de luz contra a feiticeira que cai no chão:

– Você não sabe o que fez Ynibi, ele é inevitável, nada vai pará-lo. – Disse a feiticeira.

De repente a feiticeira começa a pegar fogo, Ynibi assustada se afasta e a feiticeira se levanta completamente em chamas, Ynibi olha para ela sem entender, a feiticeira olha para cima e atravessa a tenda até os céus onde desaparece.

A Feiticeira – Google Imagens

Ynibi volta para a aldeia e conta tudo a Kinobi e Panimbi, Kinobi olha para a filha e Panimbi e revela:

– Está na hora, Ynibi, eu acredito que você libertou Embaku.

– Mas papai e agora? O que nós faremos? – Disse Ynibi.

– Eu tenho que apresentar vocês a um velho amigo. – Disse Kinobi.

– Amigo? Quem? – Disse Panimbi.

– Mateo, o mago! – Disse Kinobi enquanto Mateo entra na tenda.

– Olá Kinobi! Eu errei um pouco na época em que iria acontecer, mas aconteceu não é mesmo? – Disse Mateo.

– Eu sempre soube meu velho amigo! – Disse Kinobi abraçando Mateo.

– Mas e então? Onde está a guarda da esperança? – Questionou Mateo.

– Bom, eu tenho aqui, a feiticeira, o Corvo Azul, o mago e o Homem Trovão! – Disse Kinobi tirando o machado do trovão de uma caixa.

– Bom eu pensei que o Homem Trovão seria mais jovem, mas enfim, a gente se vira com o que tem né? – Disse Mateo e todos olham para ele.

– Você tem razão Mateo, e realmente será! – Disse Kinobi.

– Como assim Kinobi? – Questionou Mateo.

– Eu vou entregar o machado do trovão a Panimbi! – Declarou Kinobi.

– Bom, a profecia nunca disse nada sobre transferência, o máximo que pode acontecer é Panimbi fritar. – Disse Mateo.

– FRITAR? – Disse Panimbi e Ynibi juntos.

– É, mas não se preocupe, eu pensei que Kinobi também iria fritar e olha ai! – Disse Mateo.

– É a hora Panimbi, esse machado sempre foi seu, eu apenas o guardei para você! – Disse Kinobi entregando o machado a Panimbi.

Panimbi então pega o machado e uma luz começa a surgir, a luz cresce e leva Panimbi aos céus, todos saem da tenda, a tribo toda fica chocada e a luz trás Panimbi de volta ao chão, Panimbi se torna o verdadeiro Homem Trovão.

– Mas e agora? O que faremos? – Questionou Ynibi.

– Precisamos do homem tigre! – Disse Mateo.

– E onde encontraremos um homem tigre? – Questionou Panimbi.

– Eu sei onde! – Revelou Ynibi.

– Iboni! – Dieclara Ynibi.

– Por Merlim! Então vamos atrás dele! – Disse Mateo.

– E depois disso, precisamos nos preparar, a grande batalha está por vir, a profecia iniciou-se! – Disse Kinobi.

Continua…

A Profecia: Capítulo 8

Autor: Fábio Anhaia

Na floresta Iboni acorda e percebe a presença de Ynibi, ainda meio tonto sem entender o que está acontecendo Iboni percebe que Ynibi o cobre, já que ele está nu, Ynibi questiona:

– Iboni, o que aconteceu?

– Estou bem, preciso ir. – Disse Iboni levantando-se.

– Ir para onde? Preciso te levar a aldeia, todos estão preocupados Iboni, estamos te procurando a dias! – Respondeu Ynibi.

– Ynibi, não posso voltar a aldeia, você não entende, é complicado, o que vocês precisam saber é que vou deter a Rainha Negra, volte a aldeia e conte a todos, eles não precisam se preocupar. – Declarou Iboni.

– Mas Iboni, como vai detê-la sozinho? Não consigo entender? – Questionou Ynibi.

– Não se preocupe, tenho uma carta embaixo da manga, vai ficar tudo bem, e quando voltar vou reivindicar sua mão, vamos nos casar e ser felizes juntos! – Afirmou Iboni.

Iboni e Ynibi – Google Imagens

Ynibi fica assustada com a declaração de Iboni, porém não pode discordar da afirmação do jovem, afinal ela aceitou a condição de seu pai, se casará com o guerreiro mais corajoso da tribo, porém seu coração está triste pois sabe que o único que é capaz de amar de verdade é Panimbi. Após a conversa Iboni entra mata adentro e some aos poucos, Ynibi retorna a aldeia e quando chega em sua tenda é questionada por Panimbi:

– Ynibi!? Onde estava?

Ynibi responde:

– Panimbi!? Estava na mata, precisei respirar, não conseguia dormir, estou preocupada com Iboni.

– Iboni está bem! Logo ele aparece, fique tranquila. – Respondeu Panimbi a convidando para voltarem a dormir.

Panimbi e Ynibi – Google Imagens

Na manhã seguinte no castelo da Rainha Negra, o General Kurtz reúne sua tropa para ir a um treinamento de batalha.

– Reúna todos os homens, vamos ao campo de treinamento, precisamos nos preparar caso aquela besta ataque novamente. – Disse o General.

O General está seguindo para o portão e encontra o Corvo Azul no caminho:

– Bom dia Tamaki! É assim que te chamam, não é? – Disse o General.

– Bom dia General! Exatamente! – Respondeu o Corvo Azul!

– Aconteceu alguma coisa? Percebi que reuniu os soldados. – Questionou o Corvo Azul.

– Não, estamos indo ao campo de treinamento, precisamos estar preparados caso aquele monstro apareça. – Respondeu o General.

– Agora se você me der licença, preciso ir! – Declarou o General saindo pelo portão.

General Kurtz – Google Imagens

Tamaki observou o General sair com seus homens, ele olha para o General como se visse através dele, o General percebeu e sentiu-se desconfortável, Tamaki então ri e entra no castelo.

– General? – Disse um soldado.

– Sim. – Respondeu o General.

– Podemos ir? – Questionou o soldado.

– Vamos! – Declarou o General cavalgando em direção a mata.

Chagando ao campo o General organiza seus homens e começa um treinamento, o general apresenta aos soldados diversos modelos de armas que eles nunca haviam visto, o General os auxilia e ensina a cada homem como usar as armas, um soldado então questiona:

– Essas armas, serão capazes de derrotar aquele monstro?

– Essas armas são capazes de matar qualquer coisa! – Declarou o General.

Iboni – Google Imagens

Na mata Iboni caminha até chegar a um riacho, ele senta-se e começa a beber um pouco de água, de repente ele ouve alguns sussurros vindo de longe, Iboni segue o barulho e chega ao campo de treinamento do General:

– Mas o que é isso? – Questiona Iboni a ele mesmo escondido atrás de uma árvore.

Após uma análise do que via, Iboni chega a conclusão:

 – É um campo de treinamento! Eles pretendem atacar a aldeia! – Concluiu Iboni.

Iboni volta a mata e em frente a cachoeira, deixa o manto de Ynibi ao qual estava enrolado cair, fecha os olhos e começa a se concentrar, Iboni está prestes a se transformar na besta novamente, porém é interrompido por uma voz:

– Índio! Não se mova, o que está havendo aqui? – Era a voz do General Kurtz apontando uma espada em direção a Iboni.

Iboni vira-se e encara o General, o General olha para Iboni e sente algo estranho, uma sensação que nunca havia sentido antes, normalmente naquela situação o General já havia arrancado a cabeça do índio a muito tempo, porém quando olhou para Iboni, algo o fez pensar e ele não sabe o que é.

– Quem é você? E o que faz aqui! – Questionou o General.

– Eu sou Iboni! Estou perdido! – Respondeu Iboni.

– Perdido? – Perguntou o General.

– Sim! – Declarou Iboni.

– Onde estão suas roupas? – Perguntou o General.

– Eu fui atacado por homens da aldeia, fiquei apenas com esse manto. – Respondeu Iboni.

– E por que eles te atacaram e só levaram suas roupas? A ordem dada pela rainha é para que todos que encontrarem um de vocês entreguem imediatamente aos soldados! – Declarou o General.

– Eu não sei, simplesmente levaram tudo e me deixaram vivo. – Respondeu Iboni.

– Mas e você? Não vai me matar? – Questionou Iboni.

O General olhou para Iboni, seu coração entrou em agonia, ele nunca sentiu nada daquele tipo antes, não entende o que está se passando, então o General responde:

– Parece que é seu dia de sorte, encontrou duas pessoas do reino e saiu vivo. – Declarou o General deixando Iboni para trás.

Iboni respira aliviado junta o manto de Ynibi e entra em uma caverna que descobriu atrás da cachoeira, sentado e olhando para fora Iboni pensa:

– Por que ele não me matou?

Iboni dá um sorriso e diz:

– Preciso de roupas!

De volta ao castelo o General chega do campo de treinamento e vai direto aos seus aposentos, no seu quarto dentro de uma banheira de água quente o General começa a questionar a si mesmo:

– O que aconteceu? Como eu não o matei?

É tudo muito estranho para o General, afinal ele é o braço direito da Rainha, tudo o que ela manda, ele executa sem nem pensar, mas com aquele índio é diferente, o General simplesmente sente que não pode matá-lo.

– Preciso ver o Corvo Azul! – Declarou o General saindo da banheira.

O Corvo Azul está em seu quarto aguardando o jantar ser servido, quando ouve batidas em sua porta, ele abre e para sua surpresa o General Kurtz está do outro lado:

– General? Aconteceu algo? – Questionou o Corvo Azul.

– Sim, quero que desfaça! Aliás eu ordeno que desfaça! – Disse o General entrando no quarto.

– Desfazer o que? Não sei do que está falando General! – Disse o Corvo Azul.

– Você sabe muito bem do que eu estou falando, hoje pela tarde quando eu estava saindo para o campo de treinamento, você lançou algum tipo de feitiço em mim, não sei o que era, mas desfaça agora! – Disse o General de forma alterada.

O Corvo Azul ri e responde ao General:

– Eu não lancei nenhum feitiço em você, por qual motivo eu faria isso?

– Você é um índio, assim como todos os outros, você me enfeitiçou por vingança! – Afirmou o General.

O Corvo Azul volta a rir e responde:

– General Kurtz, eu não amaldiçoei ninguém, não é assim que trabalho, estou aqui para ajudar os índios sim, mas não seria capaz de amaldiçoar você, se fosse para ser assim, eu já teria feito quando cheguei, não acha?

O General pensa sobre o que o Corvo Azul diz e se arrepende da acusação.

– Mas por que você acha que eu te enfeiticei? – Questiona o Corvo Azul.

– Tamaki, aconteceu uma coisa essa tarde, encontrei um índio na mata, não consegui matá-lo, eu não sei o que me deu, eu olhei para ele e simplesmente não consegui, era como se algo me impedisse! – Revela o General.

O Corvo Azul pega na mão do General e diz:

– Às vezes o grande espírito nos impede de fazer coisas que vamos nos arrepender depois!

O General sem entender questiona:

– Arrepender? Por que me arrependeria? Matei milhares de índios a minha vida toda, por que me arrependeria da morte um agora?

– Não devemos questionar o que o grande espírito faz, só devemos aceitar! Nunca esqueça disso General. – Declarou o Corvo Azul.

– E vai ser assim agora? Não matarei nenhum índio nunca mais? – Questionou o General.

– Isso não sou eu quem vai responder. – Respondeu o Corvo Azul indo em direção ao General.

– Ele é quem tem a resposta! – Declarou o Corvo Azul com a mão sobre o coração do General.

Antes que o General pudesse questionar, um dos empregados da Rainha chama-os para o jantar.

– O jantar está servido senhores.

– Estamos descendo. – Respondeu o Corvo Azul.

– Não adianta me questionar mais General, já disse, não tenho a resposta. – Respondeu o Corvo Azul deixando o quarto.

Após o jantar todos vão para seus quartos e adormecem, o General passou a noite toda pensando no que havia acontecido, na manhã seguinte tomou uma decisão:

– Eu vou atrás dele! – Declarou o General.

O General monta sobre seu cavalo e cavalga em direção a mata, chegando à cachoeira ele começa a procurar pelo índio.

– Perdeu alguma coisa General? – Questionou o índio sentado no alto de uma árvore.

O General vira-se assustado e responde:

– Olá, eu não vi que você estava aqui.

– Não respondeu a minha pergunta General. Por que voltou? – Perguntou o índio.

– Eu passei a noite sem dormir pensando no que aconteceu, porque eu não consegui te matar, então eu conversei com um amigo que também é índio… –Explicava o General até ser interrompido.

– Amigo? Índio? Como você tem um amigo índio? – Questionou o índio.

–…É uma longa história, o nome dele é Tamaki, chamam ele de Corvo Azul, como eu dizia ele me disse que o grande espírito as vezes nos impede de fazer algo que vamos nos arrepender, então eu preciso saber, por que eu não consegui te matar ontem? – Concluiu o General.

O índio olha para o General confuso e responde:

– É uma ótima pergunta! Só que eu também não sei a resposta General, eu poderia ter te matado naquele momento, mas também não consegui, talvez seja uma maldição, não podemos matar um ao outro nunca! – Disse o índio com um tom de voz sério, e terminou a frase com um tom de deboche.

O General olha para o índio e revida:

– Não seria possível. Nunca fui amaldiçoado e disso tenho certeza.

Os dois riem e o General cumprimenta:

– Sou o General Kurtz.

O índio responde:

– Sou Iboni.

– Então Iboni, por que esta nú? – Questionou o General rindo no final.

– Já te respondi essa pergunta ontem. – Respondeu Iboni.

– Bom, eu trouxe algumas roupas e comida, você mora aqui? – Questionou o General.

General Kurtz – Google Imagens

Iboni hesitou em responder, mas pensou consigo mesmo que se o General fosse matá-lo ou entregá-lo a Rainha, já teria o feito.

– Não tenho um lar, estou dormindo atrás daquela cachoeira. – Respondeu Iboni.

– Bom, não é um bom lugar para se dormir, mas é melhor que nada. – Disse o General entregando as roupas e a comida a Iboni.

Iboni pega as roupas e veste ali mesmo, após isso Iboni convida o General a entrar em sua caverna, na caverna os dois conversam, Iboni contou ao General que estava perdido após sofrer um assalto de pessoas do reino, Iboni não contou ao General sobre a aldeia e nem sobre seu plano de matar Elisabeth, ele pensou que poderia engana-lo e assim chegar a Rainha mais fácil, só que assim como o General, Iboni sente algo estranho em relação a eles, era como se eles já se conhecessem a muito tempo.

– Eu lamento o assalto, eu sou General da Rainha, não tenho muita coisa a contar, eu vivo para proteger a coroa. – Disse o General.

Após a conversa eles percebem que se passou muito tempo e o General resolve partir, na despedida o General olha para e Iboni e diz:

– Eu não sei por que isso aconteceu comigo, mas eu gostei de te conhecer Iboni, espero que possamos ser amigos, de verdade.

Iboni – Google Imagens

Iboni, sentindo-se culpado de mentir ao General responde:

– Eu também espero General, de coração.

– Até mais Iboni, eu volto para te trazer mais comida! – Disse o General.

– Obrigado Kurtz, e até mais. – Despediu-se Iboni.

Continua…

A Profecia: Capítulo 7

Autor: Fábio Anhaia

Aldeia Iroquois – Google Imagens

Em uma manhã de verão Kinobi anda de um lado para o outro em frente a sua tenda, o nervosismo dele era visível, não suportava mais a ansiedade de aguardar a chegada do pequeno Tamaki. Dentro da tenda Ybambi dava toda a sua força e dedicação para a chegada do pequeno.

– Nasceu! E é um menino! – Avisou a parteira da tribo.

Kinobi entra na tenda e pega o pequeno Tamaki pela primeira vez em seus braços, cheio de emoção ele beija o rosto de Ybambi e a agradece:

– Obrigado! Obrigado pelo melhor presente da vida, eu te amo infinitamente!

Ybambi ainda fraca do parto, olha para o amado e retribui o carinho com um beijo. A noite chega e Kinobi resolve fazer uma celebração para comemorar a chegada de Tamaki, porém nem tudo aconteceu como o previsto, após a Grande Tragédia os Anos de Escuridão chegaram!

Alguns anos depois Kinobi se casou novamente com Vanity porém um segredo lhe foi revelado pela amada:

– Kinobi, preciso te contar uma coisa!

– Claro, pode me contar o que quiser, somos casados agora. – Respondeu Kinobi.

– Me desculpe, mas não posso ter filhos, eu sou infértil! – Revelou Vanity com tristeza no olhar.

Kinobi não conseguiu disfarçar a surpresa, mas não julgou e nem se magoou com Vanity.

– Está tudo bem, eu amo você assim mesmo, vamos passar por isso juntos, não sei se quero outro filho, não sei se conseguiria. – Disse Kinobi.

Kinobi ainda não esqueceu os acontecimentos provocados pela Rainha Negra e por isso tem receio em ter outro filho. Vanity por outro lado sempre teve uma enorme vontade de ser mãe.

Kinobi e Vanity – Google Imagens

Em uma tarde de inverno, os dois entram na mata para buscar lenha, logo após pegarem dois jarros de água do rio, enquanto Kinobi corta um enorme tronco, Vanity vai juntando pequenos galhos que encontra, de repente algo chama a atenção de Vanity, um barulho de passos e sussurros.

Vanity caminha um pouco e percebe uma mulher em meio a neve com um embrulho nos braços, dentro do embrulho ela carrega um bebê, a mulher larga a criança sobre uma pedra gelada e tira toda a roupa dela, o bebê começa a chorar, nessa hora Kinobi ouve o choro e vai de encontro a Vanity.

Kinobi aproxima-se da amada e presencia a cena, desesperada Vanity olha para Kinobi:

– Ela vai sacrificá-la, precisamos impedir!

Kinobi puxa Vanity pelos braços e começa a caminhar para longe:

– Não podemos fazer nada, não é nossa criança!

Vanity solta-se de Kinobi e começa a chorar:

– É um bebê, ele é indefeso e não tem se quer poder de escolha, precisamos ajudar Kinobi, e se fosse Tamaki, você o deixaria para morrer?

Kinobi olha para Vanity e olha em direção ao local de onde vem o choro da criança:

– Vanity… não podemos… eu não posso…

Vanity pega na mão de Kinobi e diz:

– Quando nos casamos você disse que faríamos isso juntos, essa é nossa chance, precisamos impedir essa mulher.

Kinobi olha para Vanity e a coragem surge em seu olhar:

– Você tem razão! Vamos salvar essa criança!

Os dois voltam ao local e surpreendem a mulher que estava prestes a apunhalar o coração do bebê.

– Pare! – Gritou Kinobi.

A mulher surpresa olha para os dois e pergunta:

– Quem são vocês? O que estão fazendo aqui!

Vanity responde:

– Você não pode matá-la!

A mulher olha para Vanity e revida:

– Ohh! Você é infértil! E agora quer roupar o meu bebê…

Kinobi olha para a mulher e diz:

– Como você sabe?

A mulher então responde:

– Eu sou uma feiticeira! Eu sei de tudo, ou quase tudo! Essa menina não substituirá Tamaki!

Kinobi responde:

– Você não sabe de nada feiticeira, nunca mais repita o nome de Tamaki!

Kinobi parte para cima da feiticeira e enquanto isso Vanity aproveita o momento para pegar a criança, e corre mata adentro. Kinobi e a feiticeira entram em uma batalha, a feiticeira profere algumas palavras e ataca Kinobi com um tipo de raio, Kinobi ergue seu machado e reza para o grande espírito, quando o raio chega próximo de atingir Kinobi o machado forma um tipo de escudo.

– Impossível! – Disse a feiticeira.

– Nada é impossível quando se tem fé! – Respondeu Kinobi.

Kinobi parte para cima da feiticeira novamente, enquando ela disparava feitiços contra ele, Kinobi se defendia com seu machado, Kinobi começa a girar o machado em suas mãos e um tipo de luz começa a crescer e crescer fazendo com que a feiticeira não pudesse enxergar, Kinobi dispara aquela luz em direção a feiticeira que assustada some.

Kinobi vai em direção a aldeia e encontra Vanity no caminho, Vanity o abraça com a criança no colo:

– É uma menina, uma linda menininha!

Kinobi olha para Vanity com amor em seus olhos e diz:

– É a nossa menininha!

                8 anos depois…

Vanity e Ynibi – Google Imagens

É uma tarde de primavera e Vanity e Ynibi estão no riacho, Ynibi esta com oito anos e como qualquer criança nessa idade adora explorar e questionar, ela passava o dia todo questionando a mãe sobre tudo, Vanity as vezes cansa de suas perguntas, mas nunca deixa de respondê-las, Vanity é grata ao grande espirito por ter salvo Ynibi, ela a ama como se fosse sua filha de sangue.

– O que está fazendo Ynibi? – Perguntou Vanity ao perceber que a filha havia parado de tagarelar.

Sem uma resposta Vanity se preocupa e se aproxima da menina.

– Ynibi? Como você… como é possível? – Disse Vanity.

Ao se aproximar Vanity percebeu que todos os peixes do rio estavam parados a beira do riacho como se estivessem observando Ynibi.

– Ynibi, o que é isso? – Perguntou Vanity.

– Eu não sei mamãe, eu os chamo e eles vem até mim. – Respondeu Ynibi.

– Não é só com os peixes, eu falo com todos os animais. – Revelou Ynibi.

– Vem é melhor a gente ir meu amor. Disse Vanity puxando a menina para perto.

           

Vanity e Ynibi – Google Imagens

Chegando a aldeia Vanity conta tudo para Kinobi que fica surpreso ao descobrir do dom da filha, Kinobi resolve ver com seus próprios olhos, ele chama Ynibi e a convida para um passeio na floresta.

Kinobi e Ynibi – Google Imagens

Na floresta Kinobi pede para que Ynibi mostre a ele como ela pode falar com os animais:

– Ynibi, sua mãe me disse que viu você conversar com peixes hoje, e disse que você revelou a ela que não é só com peixes? Pode mostrar ao papai? – Disse Kinobi.

– Claro papai, o senhor só não pode se assustar, ele é meu amigo ta bom? – Disse Ynibi.

Kinobi fica confuso, mas concorda com a menina. Ynibi fecha os olhos e se concentra, de repente Kinobi começa a sentir uma vibração estranha no chão e essa vibração foi aumentando até que surge do meio da mata um urso, Kinobi cai para trás assustado e abraça Ynibi para protege-la, Ynibi olha para o pai e diz:

– Calma papai ele é meu amigo, não vai te fazer mal algum. – Afirma Ynibi se aproximando do urso.

Kinobi olha para Ynibi e com ternura a abraça:

– Ynibi, você não deve mostrar isso a ninguém, nunca meu amor, está ouvindo o papai, apenas eu e a mamãe vamos ficar sabendo disso, seus poderes são extraordinários, porém algumas pessoas de mentes pequenas não irão aceitar, isso pode causar medo nelas, me prometa que nunca contara a ninguém!

– Tudo bem papai, eu prometo! – Respondeu Ynibi.

Ynibi – Google Imagens

Alguns anos se passaram e Ynibi cresceu se tornando uma bela mulher, ela nunca havia entendido de fato porque não podia mostrar seus poderes, ela havia prometido a mãe que nunca mais usaria eles, mas ela sempre dava um jeitinho de fugir para mata e os usava, com o tempo ela descobriu que podia fazer bem mais do que apenas conversar com os animais, seus poderes eram muito maiores.

Ynibi – Google Imagens

A mãe de Ynibi morreu quando ela tinha 15 anos, Ynibi sentiu muito a sua falta, porém sabia que devia ser forte por ela e por Kinobi, mais alguns anos se passaram e Ynibi finalmente chegou a idade de encontrar um marido, todos na aldeia queriam ser o felizardo, porém Ynibi não gostava de ninguém, mas seu pai havia feito uma proposta aos guerreiros da tribo, aquele que provasse ser o mais forte entre eles ficaria com a mão de Ynibi, a partir daí todos eles começaram a competir.

Há um guerreiro que é completamente apaixonado pela menina, seu nome é Iboni, ele cresceu com a menina na aldeia e eles têm uma amizade, porém para Iboni o sentimento é maior que amizade, mas Ynibi não sente o mesmo. Certa vez Ynibi estava na beira de um riacho quando ouviu um barulho no mato, escondeu-se rapidamente pensando que podia ser um soldado da rainha. Para surpresa de Ynibi não eram os soldados da rainha, mas sim um indígena, um guerreiro perdido da tribo dos Iroquois, e assim Ynibi conheceu Panimbi aquele que será o amor da sua vida.

Continua…

O Casamento

Autor: Fábio Anhaia

Ela está pronta para ir ao altar, linda em um vestido branco sente-se nervosa, será que está fazendo a coisa certa? Isso só o tempo dirá, agora é tarde e não tem mais volta.

Seguindo para igreja passa por lugares que visitou a alguns dias, na cabeça boas memórias retornam, “que tarde vivemos”, pensou ela.

Ele aguarda ansioso a chegada dela, sabe que aquele momento que está para acontecer vai mudar suas vidas para sempre.

Olhando para porta da igreja tem boas lembranças daquele jantar no sábado a noite, foi um jantar espetacular, era como se o mundo fosse pequeno demais para os dois.

A badalada dos sinos da igreja anuncia a chegada da noiva, todos levantam e a marcha nupcial inicia.

Na porta da igreja ele a avistou, linda como uma princesa. A noiva entra e segue para o altar, o noivo a espera ansioso e emocionado.

O casamento se inicia e o padre chega a tão esperada pergunta:

— João Manoel Ferreira, você aceita Bruna Camargo como sua legitima esposa?

— Sim! — Responde João.

— Bruna Camargo, você aceita João Manoel Ferreira como seu legitimo esposo? — Questionou o Padre.

— Não! Você tentou me matar! — Respondeu Bruna olhando para João.

Todos na igreja ficam em choque, Bruna levanta e apresenta em um telão na igreja várias fotos e vídeos de João que havia tramado um golpe a jovem.

Bruna era herdeira de uma grande rede de lojas e João trabalhou por muitos anos para seus pais. Os pais da jovem morreram em um misterioso acidente de avião deixando a jovem como única e legitima herdeira.

Bruna olha para Carlos que não consegue esconder a felicidade em seu rosto, Carlos era o responsável pelas memórias boas de dias atrás, pelo jantar mais que especial, Carlos era o verdadeiro amor de Bruna.

Bruna corre em direção a Carlos e os dois saem da igreja a cavalo, eles cavalgam até uma campina aos arredores da cidade, sentados embaixo de uma árvore observando o pôr do sol, Bruna e Carlos declaram seu amor um ao outro.

— E como vai ser daqui para frente? — Questionou Carlos.

— Eu não sei ainda, mas seja como for, estarei ao seu lado! — Respondeu Bruna.

A Profecia: Capítulo 6

Autor: Fábio Anhaia

Na tribo Panimbi reúne todos os guerreiros que iniciam uma ronda, ninguém entra e nem sai da aldeia, enquanto isso Ynibi reúne as mulheres e avisa:

– Não deixem seus filhos sozinhos, é extremamente proibido que saiam da aldeia, precisamos racionar a comida e a água e qualquer movimento suspeito deve ser informado a mim, Panimbi ou meu Pai.

Aldeia dos Iroquois – Google Imagens

Mais tarde naquele dia Panimbi e Ynibi conversam na tenda da jovem:

– Está tudo bem Panimbi? – Perguntou Ynibi.

– Sim, estava pensando sobre a besta que está a solta. – Respondeu Panimbi.

– E se nós esquecêssemos um pouco disso, estamos seguros, nossos melhores guerreiros estão fazendo ronda. – Disse Ynibi.

Panimbi e Ynibi – Google Imagens

Ynibi o beija, a jovem sobe sobre as pernas de Panimbi e os dois começam a se amar. Após algum tempo Ynibi se deita sobre o braço do amado e diz:

– Panimbi, eu te amo!

Panimbi olha para Ynibi com ternura e responde:

– Eu te amo Ynibi! Vou sempre te amar!

Panimbi vira o rosto para o lado meio pensativo, Ynibi percebe e questiona:

– Você ainda está inquieto!?

– Ynibi eu preciso te contar uma coisa, eu menti para vocês! – Revela Panimbi.

Ynibi se levanta chocada com a revelação de Panimbi e questiona:

– Do que você está falando? Mentiu sobre o que Panimbi?

Panimbi envergonhado responde:

– Meu pai! Meu pai verdadeiro não era guerreiro de City, meu pai era City, e eu não vim atrás de vocês apenas procurar ajuda, Ynibi eu vim em busca do meu irmão!

Ynibi confusa questiona:

– Seu irmão? Como assim Panimbi? Quem é seu irmão?

Panimbi responde:

– Iboni! Iboni é meu irmão!

Ynibi ficou confusa e surpresa com a revelação e então Panimbi começou a explicar:

– Meu pai City teve um filho fora do casamento com a mãe de Iboni, quando minha mãe a descobriu matou a mãe de Iboni, Taki o pai adotivo de Iboni o assumiu e após um acordo com meu pai City, Taki foi embora da tribo e acabou aqui com vocês. Na noite do ataque a nossa aldeia, meu pai me contou toda a verdade e me mandou ao vilarejo da Rainha, ele me contou sobre o casal que ajudava indígenas a fugir eu os encontrei e vim parar aqui.

– Meu Deus que coisa terrível Panimbi. – Disse Ynibi.

– Ynibi, acredito que quem revelou a localização da nossa tribo a Rainha foi Taki, pai adotivo de Iboni. – Disse Panimbi.

– Mas e você e Iboni, chegaram a conversar? – Questionou Ynibi.

– Na noite em que ia contar tudo a ele, o vi indo em direção a floresta, tentei conversar, mas ele disse que tinha que ir, que ia resolver tudo. – Respondeu Panimbi.

Algumas noites atrás….

Iboni entra na mata e começa a caminhar, no meio de seu trajeto ouve alguém o chamar:

– Iboni! Onde está indo? – Questionou Panimbi.

– Preciso resolver isso! – Respondeu Iboni.

– Você não pode resolver tudo sozinho, você ouviu o Corvo Azul, vamos conseguir nossa vingança, mas precisamos confiar nele! – Disse Panimbi.

– Você não sabe de nada! – Respondeu Iboni entrando na mata. (CAP. 4 A Tenda na Floresta).

De volta a conversa de Panimbi e Ynibi…

Ynibi olha para o chão e diz:

– Panimbi, todos temos segredos, eu mesma tenho os meus.

Panimbi olha para ela com um olhar confuso:

– Você quer falar? Eu te amo e estou aqui para te apoiar!

Ynibi começa a falar:

– Eu não sou filha de Kinobi, eu se quer sou indígena.

Panimbi se espanta e questiona Ynibi:

– Como assim? Do que você está falando?

Ynibi começa a explicar:

– Panimbi, eu sou uma feiticeira, fui encontrada por Kinobi e Vanity, eles me salvaram ainda bebê, eu seria sacrificada por minha mãe Tchaki, eles a impediram.

Panimbi olha para Ynibi com ternura, os dois se beijam e Panimbi declara:

– Eu amo você! E o fato de você ser uma feiticeira não muda nada, vou sempre te amar, aconteça o que acontecer!

Floresta – Google Imagens

Os dois saem da tenda e vão para o jantar, após o jantar todos vão dormir, no meio da noite Ynibi levanta e entra na floresta, ela caminha um tempo e encontra um homem indígena nu caído no chão, ela se aproxima e percebe que esse homem era Iboni.

Continua…

A Profecia: Capítulo 5

Aldeia Iroquois – Google Imagens

Na manhã seguinte todos acordam na aldeia e notam o desaparecimento de Iboni e os quatro guerreiros, Kinobi é avisado e convoca uma reunião:

– Chame o Corvo Azul, ele precisa estar presente.

Panimbi então vai até a tenda do Corvo Azul e percebe que está vazia, Panimbi corre para avisar Kinobi mas tem uma surpresa, no caminho de volta ele encontra o Corvo Azul e o questiona:

– Corvo Azul, onde você estava? Kinobi convocou todos a uma reunião.

O Corvo Azul então responde:

– Estava na mata, não consegui dormir, então fui rezar ao Grande Espírito.

Panimbi olha com desconfiança e avisa:

– Precisamos ir, Iboni e quatro guerreiros estão desaparecidos.

O Corvo Azul se aproxima de Panimbi e pergunta:

– Você não os viu Panimbi?

Panimbi olha nos olhos do Corvo Azul e responde com receio:

– Não… e você Corvo Azul? Não encontrou com eles na mata?

O Corvo Azul se afasta, olha no fundo dos olhos de Panimbi e responde:

– Vi! Eu vi Iboni conversando com alguém antes de entrar mata adentro.

Antes que Panimbi pudesse questioná-lo Ynibi chega e os avisa:

– Corvo Azul, Panimbi, mau pai os aguarda!

Os três se dirigem a tenda de Kinobi, após a reunião todos chegam a conclusão de que Iboni e os guerreiros foram atrás da Rainha Negra, sendo assim o Corvo Azul achou melhor partir logo antes que algo de ruim pudesse acontecer com Iboni e os guerreiros. O Corvo Azul inicia sua jornada ao castelo da Rainha Negra, ele monta em seu cavalo e entra mata adentro, não demorou muito até encontrar um acampamento de soldados do reino.

– Olá! – Disse o Corvo Azul.

Os soldados o cercam e questionam:

– Quem é você Índio?

O Corvo Azul responde:

– Me chamo Tamaki! Quero que me levem a sua Rainha!

Os soldados o prendem e levaram-no ao castelo.

Castelo da Rainha Negra – Google Imagens

No castelo a Rainha Negra estava sentada em seu trono recebendo os informes matinais do reino até que é interrompida por um dos seus soldados:

– Minha Rainha, ele está aqui! Os soldados o encontraram na mata!

A rainha imediatamente levantou-se e respondeu:

– Tragam-no até mim!

Os guardas entram com o Corvo Azul preso:

– Finalmente está aqui! – Disse a Rainha.

– Ouvi muito sobre você, dizem que veio para salvar os Iroquois, pensei que fosse mais intimidador, não se parece um herói de guerra. – Disse a Rainha com um tom de deboche.

O Corvo Azul olha para a Rainha e revida:

– Não sou um herói de guerra, não vim para lutar, eu não estou aqui para derramar sangue, meu dever aqui é restaurar a paz, a paz que seu pai Rei Marx e o Chefe Inoby haviam estabelecido.

A Rainha, com um olhar tomado pelo ódio, se aproxima do Corvo Azul e responde:

– Essa Paz se foi, está morta e enterrada, junto a ela!

A Rainha vira-se e começa a caminhar em direção ao seu trono quando é interrompida pelo Corvo Azul:

– Eu posso ajuda-la, podemos fazer isso juntos!

 A Rainha para sua caminhada, vira-se para ele e responde com um olhar lacrimejante:

– Não tem como você trazer alguém de volta, não do mundo dos mortos.

O Corvo Azul responde:

– Kinobi não superou, mas eu posso ajuda-lo, ele tem outra filha, nunca esqueceu Tamaki e nem o que você fez, mas eu posso ajudá-lo a superar, mas antes preciso que você ceda, preciso que me ajude a restaurar a paz.

A Rainha então dá um sorriso e diz:

– Não estou falando da morte de Tamaki, levem-no daqui.

O Corvo Azul não entendendo muito do que a Rainha estava falando implora:

– Por favor Elisabeth, precisamos parar essa matança, me deixe ajudá-la, me explique os motivos e eu poderei conversar com Kinobi!

Os guardas se aproximam do Corvo Azul e quando ele percebe olha diretamente a Rainha Negra e diz:

– Você não pode me prender, jamais poderia.

 A Rainha então se levanta do trono e revida:

– Eu aposto que posso! Prendam-no AGORA!

O Corvo Azul então olha para a Rainha e com um sorriso começa a refletir uma luz sobre todo o seu corpo, uma luz que começa a crescer e crescer cada vez mais, a Rainha perplexa se senta em seu trono e diz:

– O que é você?!

De repente a luz começa a diminuir e o Corvo Azul com um olhar amoroso olha para a Rainha e responde:

 – Sou a luz da vida! Sou o amor do mundo! Sou a solução para você e os Iroquois!

Na aldeia, todos ficam alvoraçados com a chegada de um índigena, Batiki o único guerreiro que sobreviveu ao ataque da besta na floresta, Kinobi chega em meio a multidão e apavorado com o estado do jovem guerreiro questiona:

– Batiki? O que aconteceu? Onde está Iboni e os outros?

Com a voz tremula, Batiki responde:

– Estão todos mortos! Existe um mau na floresta, uma besta terrível! Ela nos atacou, tentamos fugir, mas ela nos alcançou, sobrevivi porque cai no rio, mas graças ao grande espírito Iboni me encontrou, disse que tem um jeito e ele vai deter a Rainha Negra!

Kinobi vai até sua tenda com Ynibi e Panimbi e os três começam a conversar:

– Eu não quero que ninguém saia da aldeia, vamos reforçar a segurança, precisamos nos proteger, se essa besta que matou nossos guerreiros resolver nos atacar precisamos estar preparados, não podemos arriscar. – Disse Kinobi.

– Vou reunir os guerreiros, vamos proteger nosso lar! – Disse Panimbi.

– E eu vou reunir as mulheres e crianças, precisamos nos proteger e ficar unidos! – Disse Ynibi.

De volta ao castelo, a Rainha Negra e o Corvo Azul conversam:

– Como você pode me ajudar? – Pergunta a Rainha.

– Nós precisamos começar a tratar dessa escuridão de dentro para fora Elisabeth, para que no final só haja luz! – Disse o Corvo Azul.

A Rainha olha para ele com um olhar de desconfiança e questiona:

– Como você sabe meu nome? Em nenhum momento eu te disse?

O Corvo Azul responde:

– Eu sei muita coisa sobre você Elisabeth, mas vamos começar devagar, uma coisa de cada vez.

Elisabeth percebe que ali pode estar nascendo uma amizade, o Corvo Azul não é como os outros indígenas, ele é compreensível e entende a ela e tudo o que se passa, mas esse pensamento se vai assim que ela lembra do que aconteceu naquela noite, na terrível noite da morte de Tamaki, a noite da Grande Tragédia, dos Anos de escuridão.

– Kinobi nunca irá me perdoar, eu mesma não me perdoaria, eu sinto muito Corvo Azul, mas acho que está errado, a paz nunca será restaurada e você sabe o motivo. – Disse a Rainha.

O Corvo Azul explica a Rainha que ele sabe de muita coisa que aconteceu no passado, ele sabe, pois consegue enxergar através da alma das pessoas, porém a alma da Rainha Negra é escura e de alguma forma há ali algo que ele não consegue ver.

– Eu não sei o real motivo, não sei o que te levou a fazer aquilo, mas se você me contar talvez possamos resolver, podemos fazer um novo tratado e acabamos com essa matança. – Disse o Corvo Azul.

A Rainha olha para ele com um olhar pensativo e responde:

– É tarde, nada vai voltar a ser como antes, está livre para ir!

– Eu vou ficar! Não saio daqui enquanto não mudarmos essa situação. – Disse o Corvo Azul.

– Pois bem, se você deseja ficar então fique, mas deixo claro que nunca vou deixar de caçá-los, nunca vou desistir, não haverá outro tratado. – Declara a Rainha.

General Kurtz – Google Imagens

Na mesa do jantar estavam todos reunidos, a Rainha Negra, o Rei Romeu, o general Kurtz que é o braço direito da Rainha e o Corvo Azul.

Em meio ao jantar o Rei questiona ao Corvo Azul:

– Então você é um espírito?

O Corvo Azul com um sorriso responde:

– Eu sou a resposta do chamado de ajuda, uma forma ancestral invocada pelos Iroquois.

– Um espírito! – Diz o general Kurtz e todos riem, menos o Corvo Azul que ficou pensativo.

– Chamem do que vocês quiserem, sou a ajuda e isso é o que importa. – Respondeu o Corvo Azul.

De repente um soldado desesperado entra no salão de jantar e grita:

– ELE ENTROU!!! TENTAMOS IMPEDIR, MAS NÃO TEM COMO PARA-LO!!!

Então uma terrível besta atravessa o corpo do soldado com suas garras enormes e o atira em cima da mesa.

O general levanta-se e convoca os guardas para proteger a Rainha que fica completamente apavorada com a cena que acabará de presenciar, o Rei pega em sua mão, mas ela não esboça reação alguma, simplesmente está em choque.

O Corvo Azul também muito impressionado com o que viu, se dirige a frente dos soldados e fica cara a cara com a fera:

– O que é você? – Questiona o Corvo Azul enquanto encara a terrível fera.

A besta o observa com um olhar como se compreendesse a pergunta e ao mesmo tempo procura a melhor forma de atacar. O Corvo Azul olha para o fundo dos olhos da besta e sente algo estranho.

–Magia Negra! Embaku! – Conclui o Corvo Azul.

Então a besta o ataca, o Corvo Azul ergue uma de suas mãos e de forma inacreditável segura a mão da besta e em seguida proferiu algumas palavras estranhas e a besta fuge do castelo sem se quer olhar para trás.

No meio da floresta a besta cai e começa a se contorcer como se estivesse passando por uma transformação, se arrastando pelo chão e sentindo seus músculos se contorcerem, a besta se transforma em um homem, não só um homem, ela se transforma em Iboni, e ali em meio àquela floresta completamente nu, Iboni desmaia.

Iboni volta aquela caverna e encontra o monstro de fogo que olha fixamente a ele e diz:

– Você é fraco, eu te dou o maior dos poderes e você fracassa, você precisa deixar suas crenças antigas para trás e só assim poderá se tornar o mais poderoso dos guerreiros

– Eu vou, vou conseguir! Me deixe voltar e dessa vez eu não falharei! – Respondeu Iboni.

Tudo escurece novamente e Iboni acorda em meio a mata.

Lendas do Folclore Brasileiro: A Cuca.

Google Imagens

Fonte: todamatéria.com.br e culturagenial.com

A Cuca é uma personagem do folclore brasileiro, trata-se de uma bruxa velha com aparência assustadora que possui cabeça de jacaré e unhas imensas, dona de uma voz assustadora, a Cuca rapta as crianças desobedientes. Reza a lenda que a bruxa Cuca dorme uma vez a cada sete anos. Por isso, os pais tentam convencer as crianças a dormirem nas horas corretas pois, do contrário, serão levadas pela Cuca.

Uma versão feminina do “bicho-papão”, a Cuca é conhecida por devorar as crianças mal-comportadas, o escritor e folclorista brasileiro Amadeu Amaral resumiu a sua simbologia, descrevendo-a como uma “entidade fantástica com que se mete medo às criancinhas”.

Criada para assustar os “meninos inquietos, insones ou faladores”, como explicou Câmara Cascudo no Dicionário do Folclore Brasileiro, se configura como uma ameaça que pode assumir várias aparências diferentes.

A Profecia: Capítulo 4

Autor: Fábio Anhaia

Guerreiros Iroquois – Google Imagens

No meio da noite quatro guerreiros caminham pela floresta em busca de Iboni, os quatro andam pela mata passo a passo para não chamar a atenção, até que de repente encontraram Iboni, ele parecia diferente, de alguma forma os quatro sentiam que aquele não era Iboni.

– Iboni, trago notícias da aldeia, o Corvo Azul, ele cancelou o ataque ao reino da Rainha Negra, disse que vai sozinho ao Castelo. – Informou um dos guerreiros.

Iboni parecia frio, sem emoção alguma, não respondeu, ficou pensativo.

– O que aconteceu com você Iboni? Por que não responde? O que vamos fazer agora? – Perguntou outro guerreiro.

– Onde ele está? – Perguntou Iboni com um tom de voz firme.

– Ele vai partir amanhã com o nascer do sol. – Afirmou um dos guerreiros.

Iboni não disse nada, apenas saiu andando floresta adentro até que desapareceu entre as árvores e a escuridão.

8 horas antes…

Iboni entra na mata e começa a caminhar, no meio de seu trajeto ouve alguém o chamar:

– Iboni! Onde está indo?

– Preciso resolver isso! – Respondeu Iboni.

– Você não pode resolver tudo sozinho, você ouviu o Corvo Azul, vamos conseguir nossa vingança, mas precisamos confiar nele!

– Você não sabe de nada! – Respondeu Iboni entrando na mata.

Tenda da Floresta – Google Imagens

Iboni caminha pela mata até encontrar uma clareira, na clareira há um tipo de tenda indígena, Iboni entra. Dentro da tenda ele encontra diversos artefatos indígenas, a tenda é escura e Iboni sente um arrepio na espinha.

– Olá?! Tem alguém aí?? Me chamo Iboni e estou à procura de Tchaki! – Chamou Iboni.

A Feiticeira – Google Imagens

Ele não recebe nenhuma resposta, a tenda parece abandonada. Quando Iboni desiste e resolve ir embora, algo se levanta em meio ao escuro, uma sombra enorme se forma diante de seus olhos, Iboni ficou apavorado, e então ele ouve uma voz:

– O que você procura Iboni, filho de City! – Disse a sombra.

– Não sou filho de City! Sou filho de Hatyk! – Respondeu Iboni.

– Sua vida esconde segredos que você não é nem capaz de imaginar Iboni. – Disse a sombra.

Nessa hora, a sombra começa a diminuir, até que do meio da escuridão surge uma mulher, uma bela jovem, uma feiticeira.

– Eu sou Tchaki, por que você veio até mim? – Disse a feiticeira.

– Preciso da sua ajuda! – Respondeu Iboni.

Tchaki observa Iboni e com um sorriso debochado diz:

– O que você busca tem um preço, e eu posso te afirmar que não é barato.

– Não acredito que seja tão terrível, e além do mais, você não sabia nem quem era meu pai! – Afirmou Iboni.

– Você vai descobrir toda a verdade, assim que fecharmos o acordo Iboni, mas você deveria me ouvir, depois não diga que não avisei. – Disse Tchaki.

– Pois o que eu preciso fazer então? – Perguntou Iboni.

Tchaki /A Feiticeira – Google Imagens

A feiticeira então prepara um ritual com velas e símbolos que Iboni nunca havia visto, de repente ela solicita a Iboni que o mesmo deite-se sobre uma pedra completamente nu e então a feiticeira questiona:

– Agora me responda Iboni, qual é o seu desejo?

Iboni totalmente decidido do que veio a fazer responde:

– Eu desejo ser o maior e melhor guerreiro que já existiu, um guerreiro capaz de destruir a Rainha Negra e todo o seu exército!

A feiticeira começa a caminhar por volta de Iboni o observando e responde:

– Para que isso seja possível, preciso que me de algo em troca!

– E o que você quer? – Questiona Iboni.

– Sua alma! – Responde Tchaki.

– Pois bem, que assim seja, continue feiticeira. – Concordou Iboni.

A feiticeira então sobe sobre ele começa a proferir palavras em um idioma que ele nunca havia visto, faz um pequeno corte em um de seus dedos e começa a derramar gotas de sangue em sua boca, de repente a feiticeira o beija e lentamente Iboni começa a sentir um certo tipo de dor, como se alguém estivesse invadindo seu corpo e arrancando todos os seus órgãos internos. Iboni vê tudo ao seu redor desaparecer, é como se sua alma estivesse deixando seu corpo, Iboni então se vê em uma caverna escura e começa a andar, enquanto caminha pela caverna percebe uma luz, era como se fosse a luz de uma fogueira e enquanto Iboni se aproxima, a luz foi ficando cada vez maior e o indígena se sente cada vez mais aflito.

– Olá, tem alguém aí?? – Chamou Iboni.

Monstro de Fogo – Google Imagens

E então um monstro de fogo surge daquela fogueira, Iboni fica completamente apavorado, estava com tanto medo que acaba caindo para trás, o monstro é enorme, cheio de músculos, com asas gigantes, além de chifres e garras que poderiam perfurar o corpo de qualquer criatura com muita facilidade, o monstro olha para Iboni caído e diz:

– Porque viestes até mim?

Iboni com uma voz tremula responde:

– Desejo me tornar um guerreiro invencível, a feiticeira disse que poderia me ajudar.

O monstro terrível observa Iboni com desprezo e responde:

– Você sabe o custo disso?

– Sim! – Afirma Iboni.

– E mesmo assim você quer? – Questiona o monstro.

Iboni, tomado pela coragem, levanta-se, olha para o monstro e diz:

– SIM! É O QUE EU MAIS DESEJO!

O monstro aproxima-se com sua enorme cabeça e então sopra, Iboni sentiu todo o seu corpo queimar, uma dor terrível, ele jamais havia sentido algo assim antes, Iboni começa a perder o sentido aos poucos e enfim cai. Após o ocorrido Iboni acorda no meio da mata com um semblante estranho, como se não tivesse alma e começa a andar.

Enquanto seguia sua jornada Iboni encontra quatro guerreiros da tribo que lhe contam tudo sobre a decisão tomada pelo Corvo Azul de ir até a Rainha Negra sozinho, Iboni sem nenhuma reação apenas entra floresta adentro e começa a andar até que desaparece entre as árvores e a escuridão.

Os quatro guerreiros sem entender nada da reação de Iboni começam uma caminhada de volta a aldeia, de repente começam a sentir como se estivessem sendo observados por algo ou alguém, um arrepio começa a surgir na pele dos jovens guerreiros até que ouvem um barulho, era como se fosse um galho quebrando. Eles procuram entre as árvores e não veem nada então decidem continuar a jornada.

A Besta – Google Imagens

Mais alguns passos e eles ouvem o barulho novamente, porém dessa vez foi mais alto, parece que algo está mais perto do que da primeira vez, um dos guerreiros então olha para trás e a única coisa que consegue ver é um enorme galho de árvore vindo em sua direção, o galho simplesmente atravessou seu corpo como uma agulha atravessa o tecido, os outros três guerreiros começam a correr desesperadamente mata a dentro, um deles olha para trás e vê uma sombra os perseguindo e então tropeça em um tronco velho, outro guerreiro para e tenta ajuda-lo porém era tarde e a fera que os perseguia já tinha pego seu amigo. A fera pega o guerreiro e começa a despedaçá-lo como se ele fosse feito de papel, os dois guerreiros então voltam a correr até que chegam a um riacho, a fera então os alcança, eles ficam chocados com o que veem em sua frente.

Toda coberta de sangue a fera os observava, ela tem quase três metros de altura, pelos listrados e presas enormes, além de enormes garras que poderiam perfurar qualquer coisa com muita facilidade, era um tigre gigante. A fera pega um dos guerreiros pelo pescoço e aproxima-o de seu rosto e então o abocanha arrancando parte do rosto do guerreiro, em seguida ela começa a decepá-lo como se ele não fosse nada, parte por parte.

O quarto e último guerreiro observando tudo aquilo começa a andar de costas em direção ao riacho completamente apavorado com a cena, despercebido e com muito medo ele cai na água e desaparece.

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